A possibilidade de a executiva estadual do PL convidar o ex-deputado estadual Capitão Contar para deixar o comando do PRTB em Mato Grosso do Sul e ingressar no PL para ser um dos dois candidatos do partido ao Senado Federal nas eleições gerais do próximo ano pode provocar uma reviravolta nas candidaturas da direita para a Câmara Alta do Congresso Nacional.
Procurado ontem pelo Correio do Estado, o Capitão Contar disse que estaria disposto a esquecer o fato de o ex-governador Reinaldo Azambuja não ser da “direita raiz”, pois vai trocar o comando do PSDB pela liderança do PL em Mato Grosso do Sul, em prol do bem maior.
Na análise do ex-parlamentar, esse “bem maior” será eleger o máximo possível de candidatos da direita para a Casa de Leis e, dessa forma, impedir que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja reeleito para um quarto mandato.
“Nossa prioridade é trocar o comando do Brasil. Nunca fui do grupo do Reinaldo, mas se for para fortalecer e unir toda a direita, aumentando o arco de alianças contra o ‘Lula 4’, me coloco à disposição nessa trincheira”, afirmou o ex-deputado estadual.
Ele ainda completou que o projeto do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) é fazer a maioria no Senado para mobilizar ações contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Independentemente de partido ou grupo, minha conduta será sempre a mesma, ajudar o presidente Bolsonaro retornar à presidência da República”, afirmou.
No domingo, Azambuja disse ao Correio do Estado que, com base nas pesquisas de intenções de votos qualitativas e quantitativas, tomará a melhor solução para definir os candidatos do PL ao Senado.
Hoje, conforme ele afirmou, o partido tem bons nomes para lançar dois candidatos aos cargos de senadores da República, isto é, o próprio nome, o do deputado federal Marcos Pollon e o da vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira.
Além disso, o ex-governador ainda informou à reportagem que a legenda também poderá escolher por lançar apenas um candidato ao Senado, abrindo a segunda vaga para os partidos que fazem parte do arco de aliança da direita e centro-direita.
Nesse caso, Azambuja citou os nomes do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gerson Claro (PP), e o do senador Nelsinho Trad (PSD), entretanto, o Correio do Estado apurou que outro nome que poderia entrar nessa equação seria o do Capitão Contar, que pode trocar o atual partido pelo PL e, dessa forma, fazer com que a legenda lance dois candidatos ao Senado em 2026.
Sobre essa possibilidade, o ex-governador não confirmou e apenas informou que não teria conhecimento dessa possível vinda do Capitão Contar para o PL.
Ele só reforçou que o combinado com o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro e com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, é que a escolha utilize como critérios as pesquisas quantitativas e qualitativas.
“Os melhores nomes serão os escolhidos para a disputa pelas duas vagas ao Senado Federal nas eleições do próximo ano. O objetivo da executiva nacional do PL é eleger dois senadores que tenham afinidade com as pautas da direita para o Brasil”, declarou o ex-governador, referindo-se às ações de mobilização da direita contra ministros do STF.
Também no domingo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, confirmou ao Correio do Estado que em Mato Grosso do Sul a definição sobre as chapas majoritárias e proporcionais ficará nas mãos do ex-governador.
Ele disse que o assunto já foi pacificado no Estado com o futuro presidente estadual do PL, cabendo a Reinaldo Azambuja definir essa questão sem interferência da executiva nacional, que focará a atenção em, ao menos, quatro estados: São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso.
A condenação de Jair Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão em regime fechado acendeu o alerta no partido por definições urgentes em relação às candidaturas ao Senado para o próximo ano.
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