O deputado de Mato Grosso do Sul pode pegar 30 dias de suspensão cautelar pela obstrução à sessão e mais 90 dias pelas declarações contra o presidente da Câmara, Hugo Motta.
“A anistia está na conta da p… do Hugo Motta. Nós queremos colocar o povo para enfrentar o Alexandre de Moraes, mas nós não podemos peitar o bosta do Hugo Motta, um baixinho de 1,60m″, declarou Pollon na Capital.
Também foram condenados a 30 dias os deputados Zé Trovão (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS), que participaram da obstrução na mesa.
Agora o caso vai para a Mesa Diretora da Câmara, que encaminha as representações, individualizadas, ao Conselho de Ética. Se o conselho aprovar, a punição começa a ser aplicada imediatamente.
Na defesa, Pollon havia alegado que os atos são protegidos pela Constituição e não configuram quebra do decoro. O deputado disse que o ato foi simbólico, em defesa da anistia, e que outros parlamentares já fizeram manifestações semelhantes. Além disso, disse que não havia lei específica para o ato praticado.
Ao final, ainda fez uma espécie de provocação, pedido para que, em caso de condenação, lhe entreguem impresso em um bom papel.
“Em caso de aplicação de qualquer pena, o que se admite apenas em grau de argumentação, requer que a referida decisão seja impressa em papel linho couchê dada a solenidade e relevância do ato”, declarou.
Na rede social, com lágrima nos olhos, o deputado justificou que o papel é mais bonito e colocará em um quadro para que os filhos, ao passarem, tenham a certeza que “em momento de crise, o pai deles não se acovardou e não se omitiu”.
Mín. 23° Máx. 38°