A disputa pelas duas vagas no Senado em Mato Grosso do Sul deve ser uma das mais concorridas no próximo ano. As pesquisas divulgadas até o momento indicam eleição acirrada, mas os arranjos devem resultar em uma eleição com menos candidatos do que o esperado.
Em junho, a reportagem relatava que a eleição para o Senado tinha 12 interessados. Em três meses, alguns perderam força e outros estão no aguardo da desistência de titulares ou de serem escolhidos.
Reinaldo Azambuja (PSDB) deve ser um dos principais agentes nesta estratégia de redução no número de candidatos. Ele já é um dos escolhidos para o bloco governista e também participará da decisão sobre o segundo candidato do grupo.
A escolha do segundo candidato governista pode eliminar três interessados. Gianni Nogueira (PL), Marcos Pollon (PL) e Gerson Claro (PP) dependem dos seus líderes para conseguirem concorrer. Eles só devem ser candidatos se escolhidos para o bloco governista.
Alguns pré-candidatos terão menos dificuldade porque dependem apenas de si para concorrerem. Nelsinho Trad (PSD) espera ser o escolhido do grupo governista, mas tem autonomia no partido para ser o candidato.
Outros três pré-candidatos também se encaixam entre os que dependem só de si: Soraya Thronicke, presidente do Podemos; Capitão Contar, que lidera o PRTB no Estado; e Delcídio do Amaral (PRD), que também indicou possibilidade de concorrer ao Senado e tem o comando do partido.
Simone Tebet (MDB) enfrenta resistência em Mato Grosso do Sul, mas tem garantia de candidatura pelo diretório nacional. Caso ela aceite concorrer em São Paulo, pode abrir espaço para Carlos Marun (MDB), que nesta semana anunciou a vontade de estar nas urnas.
O deputado federal Vander Loubet (PT) também pretende concorrer, mas aguarda aval do presidente Lula, que deve definir entre ele ou Simone Tebet.
O ex-vereador Professor André (Novo) é outro que depende de questões partidárias. Ele demonstrou interesse, mas o Partido Novo tem conversado com outros interessados, incluindo Marcos Pollon (PL) e Contar.
Com a proximidade da eleição, algumas candidaturas acabaram perdendo fôlego. Geraldo Resende (PSDB) desistiu, Marcelo Migliolli (PP) não demonstra tanto interesse, e Luso Queiroz trocou o PSOL pelo PT, onde não deve ser o escolhido para a disputa.
Luiz Ovando (PP) e Jaime Verruck (PSD) foram citados como possibilidade, mas perderam força e devem concorrer a uma das oito vagas de deputado federal.