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Neno Razuk cobra ação urgente para que crianças com deficiência não fiquem fora da escola

Sempre na luta pela causa das pessoas com deficiência, em especial das famílias atípicas de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Neno Razuk (PL)...

30/09/2025 às 12h47
Por: Tribuna Popular Fonte: Assembleia Legislativa - MS
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Neno Razuk cobra ação urgente para que crianças com deficiência não fiquem fora da escola

Sempre na luta pela causa das pessoas com deficiência, em especial das famílias atípicas de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Neno Razuk (PL) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (30) para expor a situação de mães que denunciaram à imprensa que seus filhos estão ficando meses sem frequentar a escola por falta de professoras de apoio e assistentes em sala de aula.

“Venho aqui, senhores deputados, pedir que nos unamos e trabalhemos para que essa mudança aconteça. É preciso que o Governo e a Prefeitura de Campo Grande tenham dedicação e preparo, com orçamento específico para essas famílias. Faço esse apelo porque tenho apenas mais um ano e pouco de mandato e, apesar de muitas ações e projetos voltados às pessoas com deficiência, ainda vejo matérias na imprensa relatando que escolas pedem para que filhos não compareçam às aulas por falta de professora auxiliar”, lamentou Razuk.

O parlamentar destacou que a realidade não ocorre apenas na rede municipal, mas também na estadual e até em escolas particulares. “Faço um apelo para que nós, parlamentares, tenhamos uma ação efetiva, que traga mudanças reais. Se não houver um movimento desta Casa de Leis, não teremos medidas urgentes para beneficiar essas famílias. Só quem vive e convive sabe o desespero dessas mães”, reforçou.

Durante a fala, Neno recebeu apoio dos colegas em plenário. O deputado Pedro Kemp (PT), que já atuou como psicólogo na educação especial da rede pública, ressaltou a queda no número de profissionais.

“Hoje vemos a diminuição de técnicos da educação especial, incluindo auxiliares que dão atendimento especializado. Por outro lado, cresce o número de alunos com autismo. Não sabemos se antes não eram diagnosticados, mas o suporte é fundamental. Sem ele, a educação inclusiva fica só no nome. Concordo com o apelo do deputado Neno: precisamos de incremento no atendimento”, afirmou Kemp.

O deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos) lembrou que a ciência estima que a cada 31 crianças nascidas, uma é diagnosticada com autismo. “Apesar das dificuldades, MS é referência em educação especial. Criamos o CFOR, Centro de Formação Marilene Bitar, para qualificar os profissionais. É natural que haja cada vez mais demanda e investimentos nessa área. Eu, por exemplo, tenho dois primos autistas. E, falando de educação, nosso Estado ainda paga o maior salário. Há diferenças entre concursados e convocados, mas temos a expectativa de simetria salarial. Esse é nosso sonho”, destacou.

Casos relatados pelas famílias

A denúncia das mães reforça a gravidade do problema. De acordo com reportagem do Campo Grande News, famílias relatam que alunos com autismo chegam a ficar semanas ou meses fora da sala de aula pela ausência de assistentes educacionais inclusivos.
A mãe Nanthyelle Moraes, por exemplo, contou que seu filho Murilo, de 6 anos, diagnosticado com autismo nível 3 (não verbal e disfuncional), foi “convidado” pela escola a não comparecer mais às aulas por falta de assistente. Desde julho, o menino não consegue frequentar a REME (Rede Municipal de Ensino).

“Nos primeiros quinze dias, ele ficou muito agitado e agressivo pela quebra de rotina. Atualmente, está se acostumando a não ir, mas essa ausência quebra vínculos e impossibilita o processo contínuo de aprendizagem. A escola é essencial para desenvolver habilidades sociais”, disse a mãe.

Situação parecida vive Ariane Valensuela, mãe de João Guilherme, de 7 anos, também com autismo nível 3. O estudante já ficou uma semana sem aula e, segundo a mãe, toda vez que o assistente se afasta, não há substituto.

“Se ele fica três dias em casa, já pode regredir muito, a ponto de precisarmos começar tudo de novo. O processo é burocrático demais e sempre que há atestado médico do profissional, meu filho fica sem atendimento”, relatou.

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