Política Eleições 2026
Capitão Contar vai a Brasília dialogar com lideranças nacionais de 4 partidos
O ex-deputado estadual é pré-candidato a senador nas eleições do próximo ano e ainda não fechou uma legenda
03/10/2025 09h56
Por: Tribuna Popular Fonte: Correio do Estado
O ex-deputado estadual Capitão Contar está atualmente no PRTB, mas pode trocar de legenda - Foto / Arquivo

A definição sobre o futuro político do ex-deputado estadual Capitão Contar para as eleições ao Senado em 2026 está cada vez mais perto de acontecer e, inclusive, pode sair já nas próximas semanas.

Conforme apuração do Correio do Estado, o ex-parlamentar, que atualmente é o presidente do PRTB em Mato Grosso do Sul, terá alguns encontros em Brasília (DF) com as lideranças nacionais de quatro siglas, já contando com a atual legenda.

“Nas próximas semanas, estarei me reunindo com os presidentes e lideranças partidárias nacionais do PL, Republicanos, PRTB e Novo para alinhar estratégias para as eleições de 2026”, disse à reportagem na tarde de ontem.

O Capitão Contar revelou que desses encontros não está descartada uma troca partidária, pois o PRTB enfrenta uma disputa nacional pelo comando da legenda e, na visão do ex-deputado estadual, tal fato pode respingar na sua candidatura a uma das duas vagas como senador da República.

Recentemente, mais precisamente na primeira quinzena de setembro, o Correio do Estado revelou que a executiva estadual do PL poderia convidar o ex-parlamentar para deixar o comando do PRTB em Mato Grosso do Sul e ingressar na legenda para ser um dos dois candidatos do partido ao Senado nas eleições gerais do próximo ano.

Procurado pela reportagem à época, Capitão Contar disse que estaria disposto a esquecer o fato de o ex-governador Reinaldo Azambuja não ser da chamada “direita raiz”, pois trocou o comando do PSDB pela liderança do PL em Mato Grosso do Sul, em prol do bem maior.

Na análise do ex-parlamentar, esse “bem maior” seria eleger o máximo possível de candidatos da direita para o Senado e, dessa forma, impedir que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja reeleito para um quarto mandato.

“Nossa prioridade é trocar o comando do Brasil. Nunca fui do grupo do Reinaldo, mas se for para fortalecer e unir toda a direita, aumentando o arco de alianças contra o ‘Lula 4’, me coloco à disposição nessa trincheira”, afirmou o ex-deputado estadual.

Ele ainda completou que o projeto do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) é fazer a maioria no Senado, para mobilizar ações contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Independentemente de partido ou grupo, minha conduta será sempre a mesma, ajudar o presidente Bolsonaro a retornar à presidência da República”, afirmou.

No dia 21 de setembro, após o ato de filiação do ex-governador Reinaldo Azambuja no PL, para comandar o partido no Estado e ser o candidato da legenda na primeira vaga ao Senado em 2026, o próprio presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, disse ao Correio do Estado que o nome do Capitão Contar estaria no páreo pela segunda vaga no partido, desde que o ex-parlamentar se filiasse à legenda.

“Depende do Azambuja agora quais serão os candidatos do PL em Mato Grosso do Sul, mas, nessa questão do Senado, o presidente Jair Bolsonaro adora dar palpites, então tudo pode acontecer”, falou.

No entanto, o presidente nacional do PL disse acreditar que “o Capitão Contar poderia, sim, ser o outro candidato ao Senado pelo PL junto com o Azambuja”. 

Entretanto, ele assegurou que, para isso acontecer, primeiro, o ex-deputado estadual Capitão Contar terá de sair do PRTB.

Ele finalizou dizendo que Azambuja é o líder do partido aqui no Estado, “então, ele deve tentar resolver essa questão do Capitão Contar”.

Também anteriormente, o próprio Azambuja disse ao Correio do Estado que o Capitão Contar não teria conhecimento da possível vinda dele ao PL.

Ele só reforçou que o combinado com o ex-presidente da República e com Valdemar Costa Neto era de que a escolha utilizasse como critérios as pesquisas quantitativas e qualitativas.

“Os melhores nomes serão os escolhidos para a disputa pelas duas vagas ao Senado Federal, nas eleições do próximo ano. O objetivo da executiva nacional do PL é eleger dois senadores que tenham afinidade com as pautas da direita para o Brasil”, declarou.