A Chapecoense foi condenada a pagar R$ 130 mil de indenização aos pais do atacante Tiaguinho, uma das 71 vítimas fatais do acidente aéreo de novembro de 2016, na Colômbia. É a primeira vez que o clube é penalizado em ações trabalhistas, já que em outros casos conseguiu acordo com os familiares. Ainda cabe recurso da decisão, mas o Verdão tenta o acordo.
A Quarta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região do Rio de Janeiro manteve a sentença da 1ª Vara do Trabalho de de Nova Friburgo. Com isso, a Chape foi condenada a pagar R$ 80 mil para o pai e R$ 50 mil para a mãe de Tiaguinho - ela também receberá pensão mensal vitalícia.
Tiaguinho morreu no acidente aéreo — Foto: Cleberson Silva/Chapecoense
O clube alviverde protocolou recurso sobre a decisão, que vai para o Tribunal Superior do Trabalho, mas mantém, paralelamente, conversa para realização de um acordo legal com os familiares do atleta. A Chapecoense está confiante que conseguirá um entendimento, assim como em outros casos.
Em maio do ano passado, o Verdão chegou a um acordo para o pagamento de indenização aos pais de Dener, lateral-esquerdo também morto na tragédia aérea. Nos demais casos, o clube mantém o sigilo de informações sobre valores.
Ao todo, 54 ações foram demandadas. Metade são trabalhistas e feitas por familiares de ex-jogadores e funcionários. As outras 27 são cíveis, propostas por parentes de vítimas que não possuíam contrato de trabalho com a equipe, como diretores, jornalistas e convidados.
A aeronave da empresa Lamia caiu na Colômbia em 29 de novembro de 2016 e apenas seis pessoas sobreviveram. A maior parte dos passageiros integrava a delegação do time de futebol que estava a caminho da final da Copa Sul-Americana quando houve a queda. Como passaram dois anos do fato, não há mais possibilidade de novos processos trabalhistas contra o clube.
Familiares de lateral Dener chegaram a acordo com o clube em maio do ano passado — Foto: Cleberson Silva/Chapecoense
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