O Brasil vive uma das transformações demográficas mais rápidas do mundo. Nos últimos dez anos, o número de pessoas com 60 anos ou mais cresceu 56% e alcançou 32,1 milhões de brasileiros, o que corresponde a 15,8% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até 2030, a projeção é que o grupo de idosos ultrapasse o de crianças e adolescentes de até 14 anos. Esse movimento impulsiona o fortalecimento da chamada “geração sanduíche”, formada por pessoas de meia-idade que cuidam dos filhos e acompanham os pais idosos. O que antes parecia exceção, hoje se tornou realidade em milhares de lares.
O cotidiano costuma reunir tarefas de naturezas distintas — organização de medicamentos, acompanhamento a consultas, apoio escolar e trabalho remunerado — e impõe ajustes frequentes de agenda. Em muitos casos, os papéis de cuidador, provedor e profissional concentram-se em uma única pessoa, o que eleva o desgaste físico e emocional.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 14% das pessoas com 60 anos ou mais convivem com algum transtorno mental, com destaque para depressão e ansiedade, frequentemente associadas à solidão e à perda de autonomia. Para os cuidadores familiares, o peso também é significativo. No Brasil, levantamento do Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou que 71,4% dos cuidadores relataram sobrecarga e 45% apresentaram sintomas de ansiedade ou depressão relacionados à rotina de assistência contínua a idosos.
O quadro é descrito na literatura médica como “burnout do cuidador”, expressão usada para definir a exaustão física e emocional que surge quando uma pessoa assume o cuidado prolongado de um familiar sem rede de apoio suficiente. A condição é reconhecida em estudos da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos e associada à diminuição da qualidade de vida e ao risco aumentado de ansiedade, depressão e isolamento entre cuidadores familiares.
O peso da geração sanduíche não se limita ao campo emocional. Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que famílias com idosos dependentes têm despesas 34% maiores em comparação a lares sem pessoas em condição de dependência. Os gastos envolvem medicamentos, consultas médicas, adaptações no ambiente doméstico e, em alguns casos, contratação de cuidadores remunerados.
Ao mesmo tempo, os idosos representam um dos principais pilares de sustentação econômica. Em lares multigeracionais, mais da metade da renda familiar vem de aposentadorias ou pensões, segundo levantamento do instituto. Somado a isso, o prolongamento da permanência dos filhos em casa — reflexo do desemprego juvenil, do custo elevado de moradia e da extensão da vida acadêmica — amplia a pressão financeira sobre adultos de meia-idade, que se tornam o elo de sustentação de duas gerações.
A sobreposição de responsabilidades aumenta a chance de falhas em tarefas que exigem atenção técnica. O Ministério da Saúde recomenda que cuidadores e familiares recebam orientação estruturada sobre uso correto de medicamentos, sinais de alerta e prevenção de quedas — uma das principais causas de internações em idosos. Estudos internacionais publicados no Journal of the American Medical Association (JAMA) reforçam que programas de exercícios combinados com adaptações no domicílio e apoio ao cuidador reduzem significativamente a ocorrência de quedas em idosos que vivem em casa. Sem suporte adequado, famílias da “geração sanduíche” correm o risco de enfrentar tanto o desgaste emocional quanto complicações de saúde evitáveis em seus parentes idosos.
O aumento da população idosa tem ampliado a procura por soluções de cuidado domiciliar. Serviços especializados oferecem desde acompanhamento contínuo até apoio em situações específicas, como recuperação pós-operatória ou acompanhamento em consultas médicas. Esse apoio não substitui a família, mas complementa o cuidado, trazendo segurança clínica ao idoso e alívio à rotina dos familiares. Além de reduzir riscos, a presença de cuidadores capacitados permite que os familiares retomem parte da própria vida pessoal e profissional, mantendo o convívio afetuoso sem a responsabilidade exclusiva das tarefas do dia a dia.
A Geração de Saúde atua nesse contexto com serviços que vão desde o cuidado residencial diário até suporte em hospitais e em deslocamentos. A empresa estrutura o atendimento em três pilares: humanização, segurança e personalização, com supervisão de profissionais de enfermagem e escalas flexíveis conforme a necessidade de cada família. Entre os serviços, estão o acompanhamento de rotina, apoio em alimentação e medicamentos, estímulos físicos e cognitivos, cuidados pós-operatórios e até acompanhamento em viagens.
Para Bruno Butenas, sócio da empresa, a questão central é aliviar o peso da rotina: “Quando parte do cuidado é compartilhada com profissionais preparados, a família respira e o idoso vive com mais segurança. O objetivo é preservar o vínculo afetivo, sem que a responsabilidade recaia apenas sobre uma pessoa.”
Geração de Saúde
Empresa especializada em cuidado domiciliar humanizado para idosos. Atua em residências, hospitais e também em deslocamentos, com profissionais capacitados e supervisão de enfermagem.
Mais informações: https://www.gscuidadoresdeidosos.com.br/
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