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Petrobras anuncia R$ 2,6 bilhões para indústria naval na Bahia

Reativado, estaleiro Enseada construirá seis novos barcos de apoio

09/10/2025 às 20h06
Por: Tribuna Popular Fonte: Agência Brasil
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© Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil

A retomada de investimentos da Petrobras na indústria naval na Bahia prevê a construção de seis embarcações de apoio marítimo offshore nos próximos anos, que serão fabricadas no estaleiro Enseada, em Maragogipe, município do Recôncavo Baiano , a cerca de 130 quilômetros de Salvador.

Os detalhes foram anunciados nesta quinta-feira (9), em evento na região que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador Jerônimo Rodrigues, da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, além de ministros e centenas de trabalhadores do estaleiro.

"Estou aqui para recuperar a indústria naval brasileira, mas os caras que deixaram um estaleiro dessa magnitude parado deveriam ser presos por causarem prejuízos à população brasileira", afirmou Lula durante o anúncio do investimento bilionária para retomar o projeto.

Pela manhã, em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, Lula participou da inauguração da nova fábrica de veículos elétricos e híbridos da chinesa BYD , na antiga fábrica da Ford, fechada em 2021.

As seis embarcações são do tipo ORSV (Oil Spill Response Vessel, em inglês), especializadas em atividades de controle de vazamentos em alto-mar, e serão construídas pela empresa navegação CMM Offshore Brasil, para depois serem repassadas para uso da Petrobras.

O investimento total é estimado em R$ 2,58 bilhões , com previsão de quatro anos para construção e 12 anos de operação para cada contrato. Apenas nessa construção, mais de 5,4 mil empregos, entre diretos e indiretos, serão gerados. Os contratos também exigem 40% de conteúdo local nos componentes usados na fabricação dos barcos.

"Só para lembrar vocês, nós ficamos 8 anos sem que a Petrobras fizesse uma única demanda à indústria naval brasileira. O que nós estamos retomando, portanto, não tem preço", destacou Magda Chambriard.

Segundo a presidente da Petrobras, a companhia já avançou na contratação de 44 de 48 embarcações planejadas para fabricação no Brasil, em diferentes estaleiros do país. Os barcos, segundo ela, têm porte médio a grande, acima de 1 mil metros quadrados de área livre. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME), a renovação da frota naval no Brasil deve gerar 44 mil empregos e R$ 23 bilhões em investimentos.

De acordo com a estatal, as embarcações que serão construídas na Bahia serão equipadas com um sistema de propulsão híbrida, que combina motores elétricos e baterias com geradores movidos a diesel e biodiesel, além da possibilidade de conversão futura para etanol, capazes de reduzir em até 25% de emissões de dióxido de carbônico (CO2), o principal gás causador do efeito estufa.

Durante o evento, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou investimento de R$ 611,7 milhões para a construção de 80 embarcações destinadas à expansão das atividades no setor naval e aquaviário. Desse total, R$ 550,5 milhões serão recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM).

O financiamento, de acordo com a pasta, tem potencial de gerar mais de 2 mil empregos diretos. Até o momento, foram construídas quatro embarcações e outras três estão em fabricação.

O Fundo da Marinha Mercante, mantido pelo governo federal, financia a renovação da frota e a reparação de embarcações.

"Aqui, no Estaleiro Enseada, renascem quase 7 mil empregos diretos de qualidade. Salários dignos para melhorar a vida das famílias. Mais de 90% dos postos de trabalho estão sendo ocupados por gente daqui, do Recôncavo Baiano. Mão de obra local, benefício local", celebrou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Fábrica de fertilizantes

A Petrobras também anunciou a retomada e operação das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia e de Sergipe (Fafen-BA e Fafen-SE) , cujas atividades devem começar em janeiro. As plantas vão produzir amônia, ureia perolada e ARLA-32, utilizando contrato que ainda inclui a operação dos Terminais Marítimos de Amônia e Ureia no Porto de Aratu, em Candeias, na Bahia.

Na Fafen Bahia, o investimento previsto para a retomada da unidade é R$ 38 milhões e a estimativa é de que sejam gerados 750 empregos diretos. Os mesmos valores de investimento e empregos estão previstos para a planta sergipana.

As duas fábricas, juntamente com a Araucária Nitrogenados S.A (ANSA), outra fábrica nacional de fertilizantes da Petrobras, instalada no Paraná, responderão por 20% de toda a produção de fertilizantes consumida pelo setor agrícola brasileiro. Uma nova fábrica em construção no Mato Grosso deve elevar a produção nacional para 35% de toda a demanda nos próximos anos, assegurou a presidente da Petrobras.

Ainda na Bahia, o governo estadual e a Petrobras assinaram um protocolo de intenções para que a estatal possa utilizar o canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu (BA) para o acostamento de plataformas de petróleo. No local, essas plataformas serão descomissionadas parcialmente e, no futuro, poderão ser reconstruídas no mesmo local, gerando novos empregos.

O protocolo também prevê a disponibilização de parte do canteiro para que estado da Bahia utilize a área como apoio à construção da Ponte Salvador-Itaparica.

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