Forças policiais e o Ministério Público do Paraguai deflagraram um total de oito operações de busca e apreensão entre a noite de quarta-feira e a manhã desta quinta-feira (23) em Pedro Juan Caballero e cidades vizinhas do Departamento de Amambay.
O objetivo é localizar os autores dos recentes assassinatos por encomenda que abalaram a região fronteiriça desde segunda-feira (20).
O comissário Hugo Grance, chefe de investigações em Amambay, informou que as batidas ocorreram especificamente em Pedro Juan Caballero e na Colônia Santa Clara.
Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada. Contudo, foram apreendidas armas de fogo, acessórios para veículos e quantias significativas em dinheiro.
O chefe de polícia indicou que as operações visam capturar os pistoleiros responsáveis pelos atos violentos ocorridos entre segunda e terça-feira na capital de Amambay.
Onda de Homicídios
As operações são uma resposta direta a uma série de ataques recentes na fronteira:
Bala sem endereço
Os recentes acontecimentos de violência ocorridos na ‘Linha Internacional’ entre as cidades gêmeas (Ponta Porã e Pedro Juan), como a chacina do restaurante, quando três paraguaios foram executados em meio às crianças, mulheres e pratos de comida, ganham proporções assustadoras.
“Isso me preocupa faz com que eu reveja uma expressão que sempre utilizo para contrapor a violência existente na fronteira {‘Aqui as balas tem endereço CPF’}. O que temos visto nos ataques recentes mostram que nem todos os tiros seguem a direção apontada. Há balas perdidas e sem rumo certo”, reflete o comerciante ouvido pela reportagem do Midiamax no final do ano de 2022 e agora abordado novamente.
O temor do empresário ganha sentido diante do ataque ocorrido na última segunda-feira (20), em plena luz do dia, em estacionamento de um tradicional shopping da cidade que atrai milhares de turistas. As vítimas (uma com óbito no local) e a outra que segue em estado grave, foram alvejadas, enquanto alguns clientes ainda guardavam as compras nos porta-malas os seus veículos.