O Governo de Mato Grosso do Sul já lançou a licitação para contratar uma empresa para fazer uma espécie de manutenção preventiva em 673 km de rodovias pelo Estado. Projeto com o Banco Mundial prevê um Crema (Contrato de Recuperação e Manutenção de Rodovias).
“Você leiloa um preço para pagar mensalmente a uma empresa para que ela não deixe ter problema. Quando tem problema, aparece um buraco, uma fissura, nós descontamos do valor que ela tem para receber, então a modalidade é ao contrário, onde você incentiva a não ter o buraco, ao invés de você incentivar a ter o buraco para consertar”, explicou ao Jornal Midiamax o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez.
A licitação prevê a elaboração do anteprojeto referencial de engenharia destinado à reabilitação e manutenção de 673,57 quilômetros de rodovias pavimentadas na região sudeste de MS. A modalidade do Crema é DBM (Design, Build, Maintain).
A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) já lançou licitação para contratação de empresa. Com valor estimado em R$ 11,5 milhões, a concorrência eletrônica terá critérios de julgamento por técnica e preço e regime de empreitada por preço global.
A abertura das propostas está marcada para o dia 12 de dezembro de 2025, às 8h30 (horário de MS), por meio do portal E-Kronos.
A cadeia produtiva florestal já conta com quatro fábricas de celulose em operação, tendo iniciado a construção da quinta — da Arauco, em Inocência — e confirmado a sexta (Bracell).
MS tem reconhecimento nacional como o “Vale da Celulose”, tendo 24% da produção nacional. Assim, o Estado já dispõe da segunda maior área cultivada de eucalipto. Além disso, é o primeiro na produção de madeira em tora para papel e celulose.
Isso porque a região tem registrado mudanças profundas na sua matriz produtiva. Pastagens deram lugar a plantações de eucalipto, impulsionadas pela instalação de grandes indústrias, como a da Suzano, em operação em Ribas do Rio Pardo, e a nova fábrica da chilena Arauco, atualmente em construção em Inocência.
Mato Grosso do Sul também aparece como vice-líder em área plantada com árvores, ficando atrás apenas de Minas Gerais.
O crescimento do setor levou a um aumento significativo no tráfego de veículos comerciais pesados, especialmente bitrens e tritrens. Os veículos transportam madeira das florestas plantadas até os polos de processamento ou centros logísticos.
Com isso, segundo Perez, o Governo tem uma PPP (Parceria Público-Privada) em estudo, que passa pelas rodovias MS-377 e MS-240. A rota sai de Água Clara, passa por Inocência e chega em Paranaíba. “Essa é uma segunda rota que está sendo estudada. Tudo pode ser que saia em leilão no ano que vem”, afirmou à reportagem.