
Em pleno debate para saber quem fará “dobradinha” com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) na disputa pelas duas vagas ao Senado por Mato Grosso do Sul nas eleições de 2026, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) foi convidado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para uma reunião em Brasília (DF), no dia 12, para tratar de uma possível filiação dele ao partido e, consequentemente, sua provável candidatura.
O Correio do Estado confirmou com Valdemar Costa Neto a reunião na próxima semana com Capitão Contar, que também terá a presença do secretário-geral nacional do PL, senador Rogério Marinho (RN), entretanto, ele não quis comentar qual será a pauta do encontro político.
Porém, ficou subentendido que o assunto será mesmo o convite para o ex-deputado estadual se filiar ao partido e, provavelmente, fazer a desejada “dobradinha” com Azambuja ao Senado.
O ex-governador também disse à reportagem que o encontro entre os três está agendado para a próxima semana.
“O Valdemar me disse que vai ter uma reunião com o Contar no dia 12 de novembro, em Brasília”, declarou, sem confirmar se estará ou não presente na reunião entre Valdemar Costa Neto, Rogério Marinho e Capitão Contar.
Procurado pelo Correio do Estado, o ex-deputado estadual informou que as duas lideranças nacionais do PL marcaram a reunião e que ela não contará com a presença de Azambuja, que é o presidente do partido em Mato Grosso do Sul. “O encontro está marcado com o Valdemar e com o Rogério Marinho”, afirmou.
Indagado sobre a pauta da reunião, Capitão Contar disse que “os cenários continuam se desenhando em Mato Grosso do Sul, e me preocupa muito a falta de um nome competitivo em consenso para a Presidência da República em 2026”.
“O tempo urge. Será vital a direita ocupar espaços nas Câmaras Alta [Senado] e Baixa [Câmara dos Deputados] em Brasília, pois, se Lula [presidente da República pelo PT] for reeleito, somente um Congresso Nacional forte salvará o País de um caos ainda maior”, afirmou.
No entendimento do ex-parlamentar, para isso acontecer, será necessário organização e estratégia dos partidos nos estados brasileiros. “Direita isolada é um risco, por isso, entendo a preocupação de partidos como o PL em tentar fazer dois senadores para consolidar esse fortalecimento do Congresso Nacional”, comentou.
Capitão Contar explicou que em Mato Grosso do Sul é muito provável que sejam eleitos dois senadores da direita. “Se o PL está considerando meu nome para fortalecer isso, estou pronto para dialogar”, assegurou.
Para ele, os eleitores mais conservadores terão de entender a importância dessa estratégia e talvez aceitar que a direita isolada pode abrir brechas para a esquerda crescer.
“No meu caso, mudar de partido não muda quem sou. Apenas abre uma enorme possibilidade de consolidar essa estratégia. Contrariando o imperador romano Júlio César, não é hora de dividir para conquistar. É hora de ocupar espaços e vencer. O Brasil não vai aguentar mais quatro anos de PT”, argumentou.
Caso o ex-deputado estadual se filie ao PL e faça “dobradinha” com Azambuja na corrida ao Senado, acaba de vez com os planos do senador Nelsinho Trad (PSD), do deputado estadual Gerson Claro (PP) e da vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), de compor com o ex-governador de Mato Grosso do Sul.
Mín. 22° Máx. 36°