
Cada vez mais, o destino turístico preferido dos brasileiros tem sido o próprio Brasil. É o que revela a última pesquisa de tendências do MTUR (Ministério do Turismo) desenvolvido em parceria com a Nexus: em média, seis em cada dez entrevistados (63%) afirmaram que escolheriam viajar para um destino nacional caso ganhassem uma viagem.
Na visão de Ricardo Aly, diretor da Rede Nacional Inn de Hotéis, responsável pelo Village Inn Poços de Caldas, esse movimento tem relação com a redescoberta do Brasil pelos próprios brasileiros. “Cada vez mais, as pessoas se dão conta de que não precisam atravessar o oceano para viver experiências. O país tem praias, serras, rios e cidades históricas que competem com destinos internacionais”.
Para Aly, também vale destacar a questão da praticidade. “Viajar dentro do Brasil acaba sendo mais acessível, tanto no preço das passagens quanto no tempo de deslocamento - o que pode fazer a diferença em um momento em que as famílias buscam conciliar lazer com orçamentos mais enxutos”, explica.
Além disso, prossegue, a diversidade cultural é um fator decisivo: “Essa riqueza de sotaques, tradições e sabores cria uma sensação de viagem completa, sem a necessidade de passaporte. É como se cada canto do Brasil oferecesse um mundo diferente a ser explorado”, observa.
Para Aly, o setor entendeu que não adianta apenas abrir as portas: é preciso inovar. “O fato de tantas pessoas viajarem ao menos uma vez por ano força hotéis, agências e operadoras a criarem opções variadas, que se encaixem em diferentes perfis de viajantes”, diz.
De acordo com o diretor da Rede Nacional Inn de Hotéis, a diversificação vai desde os pacotes curtos, pensados para feriados prolongados, até programas mais completos que valorizam o turismo interno. “A lógica é simples: se o brasileiro está disposto a viajar mais, o mercado precisa oferecer alternativas compatíveis com esse ritmo”.
Além disso, acrescenta, é possível perceber um esforço em aproximar o turismo das pessoas, facilitando reservas, flexibilizando pagamentos e até adaptando experiências para diferentes faixas etárias. “Isso mostra que o setor está atento à frequência e ao comportamento do viajante brasileiro”, diz.
Hotéis investem em personalização e experiências para diversos públicos
“Percebo um avanço no sentido de personalizar a estadia. Hoje, os hotéis não querem mais ser só um lugar para dormir: eles se posicionam como parte da experiência”, afirma Aly. “Por isso, vejo muitos apostando em eco-resorts, que aproveitam a proximidade com a natureza para oferecer atividades ao ar livre”, reporta.
Segundo ele, outra tendência que tem se fortalecido são os pacotes família, que trazem desde recreação para crianças até opções gastronômicas inclusivas, o que torna a viagem menos cansativa para quem viaja com filhos pequenos.
“E, claro, não dá para ignorar o apelo do turismo de aventura e espiritual. Muitos empreendimentos já incorporam trilhas, passeios guiados e até atividades voltadas ao bem-estar, como retiros e experiências de conexão com a natureza”, cita. “É uma forma de atender a essa busca por diversidade que está crescendo entre os brasileiros”, completa.
Apelo por turismo doméstico influencia as estratégias de marketing
O diretor da Rede Nacional Inn de Hotéis revela que o marketing do setor hoteleiro precisou se reinventar para atrair públicos que priorizam destinos nacionais, como famílias e turistas mais velhos: “Antes, muitos hotéis competiam tentando se igualar a padrões internacionais. Hoje, noto uma valorização maior do que é tipicamente brasileiro. Isso vai desde a culinária até a divulgação de atrativos regionais que cercam o hotel”.
Aly também chama a atenção para o recorte de público. Famílias, por exemplo, são atraídas com imagens que mostram estrutura de lazer e conforto, enquanto os viajantes mais velhos valorizam tradição e tranquilidade. Cada campanha parece ser desenhada sob medida para esses perfis.
“No fundo, o apelo pelo turismo doméstico trouxe um discurso mais próximo. É como se as marcas estivessem dizendo: ‘você não precisa ir longe para viver algo memorável’. E essa mensagem, de fato, tem muita força no cenário atual”, afirma.
Rede espera atender viajantes domésticos que fazem múltiplas viagens anuais
Aly destaca que a Nacional Inn está se preparando para atender à demanda crescente de viajantes domésticos, sobretudo daqueles que fazem múltiplas viagens anuais. “A Nacional Inn tem trabalhado para ser prática e acessível. Quem viaja várias vezes por ano busca justamente essa facilidade, e vejo a rede investindo em promoções recorrentes, além de programas de fidelidade, como o UaInn, que fazem sentido para o bolso do cliente”.
Para ele, outro ponto de destaque é a diversidade de localizações. “Com hotéis espalhados em diferentes regiões, fica mais simples para o viajante variar os destinos sem precisar trocar de bandeira de confiança - o que dá segurança”, afirma. “A rede também investiu em serviços inclusos como café da manhã completo, internet e localização”, cita.
Redes sociais são a principal fonte de informação dos viajantes
Na visão de Aly, as redes sociais viraram a “vitrine do turismo”. Por isso, a Nacional Inn tem explorado isso de forma estratégica, criando conteúdos que não falam só do hotel, mas também do destino: “A rede também investe em interação. Curtir, responder e até compartilhar conteúdos dos hóspedes são formas de gerar engajamento e transmitir credibilidade. Essa troca é algo que pesa na decisão de quem está pesquisando onde ficar”.
Para concluir, o diretor da Rede Nacional Inn de Hotéis conta que percebe uma aposta em campanhas segmentadas. “As redes permitem direcionar anúncios para diferentes perfis - famílias, casais, viajantes solo - o que pode ser considerado um uso eficiente da tecnologia para converter interesse em reservas reais”, afirma.
Para mais informações, basta acessar:
https://www.nacionalinn.com.br/hoteis/hotel-village-inn-pocos-de-caldas
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