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Justiça não encontra dinheiro na conta e autoriza apreensão de bens de Claudinho Serra
Político é apontado como chefe de esquema que desviou mais de R$ 20 milhões por meio de licitações fraudadas
07/11/2025 09h48
Por: Tribuna Popular Fonte: Midiamax
Claudinho Serra foi preso pela segunda vez no dia 5 de junho. (Foto: Arquivo Midiamax)

A Justiça determinou a realização de busca e apreensão aos bens do ex-vereador Claudinho Serra para quitar uma dívida de empréstimo com o Banco Cooperativo Sicredi. A permissão consta no Diário da Justiça desta quinta-feira (6).

Isso porque o Sicredi havia entrado com a Execução de Título Extrajudicial em outubro de 2024 para que Claudinho pagasse o título (contrato, cheque, nota promissória etc.). Entretanto, apesar de envolvimento em esquema de desvio de R$ 20 milhões na Prefeitura de Sidrolândia, Claudinho não pagou a dívida.

Então, o banco pediu o bloqueio de até R$ 48.472,84 em bens para o pagamento da dívida de CCB (Cédula de Crédito Bancário) — uma espécie de empréstimo feito com o banco. Sem dinheiro em caixa, a Justiça procedeu com a possibilidade de penhora de bens.

Assim, pediu para o banco juntar a planilha com o valor atualizado da dívida. Entretanto, se a busca achar um veículo em nome de Claudinho, ele será bloqueado e não poderá ser vendido, por exemplo. Com isso, o banco decidirá se penhora ou não o bem para quitação da dívida.

Desvios milionários

O MPMS deflagrou a 4ª fase da Operação Tromper em junho, após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores. A nova etapa aprofundou as investigações — que miram em fraudes em licitações e contratos administrativos da Prefeitura de Sidrolândia.

Assim, contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica viraram alvo de fraudes. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.

Entretanto, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.

Na nova fase, O MPMS reuniu diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também vieram a tona.

As novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.

Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.