A Operação Blindagem prendeu 28 pessoas de organização criminosa ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital) na última sexta-feira (7), em Mato Grosso do Sul e outros estados. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou a operação.
Ao todo, as equipes foram às ruas para cumprir 35 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão. Entretanto, apenas 28 foram cumpridos — outras sete pessoas não foram encontradas nos endereços.
A organização criminosa fazia o tráfico interestadual de drogas, além de praticar corrupção ativa e passiva, agiotagem, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro.
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A estrutura era comandada de dentro de presídios e contava com uma rede de colaboradores em Campo Grande, Aquidauana, Anastácio, Corumbá, Jardim, Sidrolândia, Ponta Porã e Bonito, bem como integrantes nos estados de São Paulo e Santa Catarina.
Assim, os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Aquidauana, Sidrolândia, Jardim, Bonito, Ponta Porã e Corumbá, além de Porto Belo (SC), Balneário Piçarras (SC), Itanhaém (SP) e Birigui (SP).
As investigações, que duraram 25 meses, revelaram que a organização criminosa atuava em diversas frentes, enviando drogas para cidades do interior de Mato Grosso do Sul e para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Acre, Maranhão e Goiás, utilizando diferentes métodos.
Eles utilizavam caminhões com fundo falso para garantir a ocultação dos entorpecentes. Para dificultar uma eventual fiscalização nas estradas, a organização transportava produtos alimentícios lícitos com nota fiscal e a droga em compartimentos escondidos.
Além disso, o grupo realizava remessas por Sedex, utilizando os Correios, e também transportava drogas em veículos de passeio e utilitários, inclusive por meio de passageiros transportados em vans.
A investigação ainda descobriu a ligação do grupo com o PCC (Primeiro Comando da Capital), que fornecia suporte por meio de membros de sua alta cúpula, para ampliar o tráfico e aplicar punições violentas a quem estivesse em débito com o grupo criminoso.
Nisso foram identificadas práticas de extorsão com uso de arma de fogo, violência e cárcere de vítimas, justamente para a obtenção do pagamento de dívidas oriundas do tráfico de drogas e da agiotagem.