
O tabuleiro político de Mato Grosso do Sul acaba de virar de cabeça para baixo. O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto, surpreendeu aliados e adversários ao anunciar a filiação e pré-candidatura de Capitão Contar ao Senado, movimento que deve acender um incêndio interno no grupo governista.
Em tom de celebração e recado direto, Valdemar publicou nas redes sociais: “O ex-deputado estadual Capitão Contar, o mais votado da história de Mato Grosso do Sul, está retornando ao PL. Ele aceitou o convite que fiz para disputar o Senado pelo partido, com o apoio do nosso presidente Jair Bolsonaro.” A declaração soou como um raio em céu aberto – e já reverbera nos bastidores.
O problema é claro: o PL já tinha um pré-candidato forte para o Senado, o ex-governador Reinaldo Azambuja. Com a chegada de Contar, o partido leva para dentro de casa um conflito explícito entre duas figuras de peso, empurrando o grupo governista para uma crise anunciada.
Se a candidatura de Contar for confirmada, nomes como Gerson Claro (PP), Nelsinho Trad (PSD) e Gianni Nogueira (PL), que já se movimentavam na mesma direção, tendem a perder espaço imediato. Nos bastidores, a leitura é de portas praticamente fechadas.
Contar, que há meses circulava entre grupos liderados por Reinaldo, Tereza Cristina e Eduardo Riedel, vinha sendo cortejado por PP e Republicanos. Chegou a avançar nas conversas, especialmente com o PP, mas recuou após não obter a garantia absoluta de candidatura.
Agora, com a bênção direta de Valdemar e Bolsonaro, Contar retorna ao PL de forma explosiva – e inaugura uma disputa que promete estremecer alianças, reorganizar estratégias e abrir feridas dentro do próprio grupo governista.
O clima, dizem aliados, é de tensão máxima. E esse é apenas o primeiro capítulo.
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