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Verruck entra na disputa ao Senado e divide ainda mais a direita no Estado

Atualmente, o titular da Semadesc está filiado ao PSD, porém, não está descartada a troca de partido para a corrida eleitoral

14/11/2025 às 09h35
Por: Tribuna Popular Fonte: Correio do Estado
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Jaime Elias Verruck é titular da Semadesc e deixará o cargo para disputar as eleições de 2026 - Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado
Jaime Elias Verruck é titular da Semadesc e deixará o cargo para disputar as eleições de 2026 - Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

As últimas 24 horas estão cheias de reviravoltas na disputa pelas duas vagas ao Senado destinadas a Mato Grosso do Sul nas eleições gerais de 2026. Na noite de quarta-feira, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, lançou o ex-deputado estadual Capitão Contar como pré-candidato ao Senado ao lado do ex-governador Reinaldo Azambuja.

Já, na tarde de ontem, foi a vez de ser confirmado nas hostes políticas da direita o nome do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Elias Verruck, como pré-candidato a senador da República pelo PSD, partido pelo qual está filiado desde março do ano passado.

O Correio do Estado apurou que ele já teria até anunciado a data em que vai se desincompatibilizar do cargo de secretário de Estado – dia 30 de março do próximo ano – para disputar uma das duas cadeiras ao Senado pelo grupo político do governador Eduardo Riedel (PP).

Na prática, esse anúncio extraoficial vai dividir ainda mais os votos da direita no Estado, pois, além de Contar, Azambuja e Verruck, também estão no páreo o senador Nelsinho Trad (PSD), a senadora Soraya Thronicke (Podemos), a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), e o deputado federal dr. Luiz Ovando (PP).

Essas prováveis oito candidaturas devem pulverizar os votos da direita em Mato Grosso do Sul e, ao invés de ajudar que a ala fique com as duas vagas de senadores, pode fazer com que a esquerda, que hoje conta com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), e o deputado federal Vander Loubet (PT), possa ficar com uma das cadeiras na Câmara Alta.

Conforme fontes ouvidas pela reportagem, Verruck teria sido aconselhado a não concorrer à Câmara dos Deputados para se arriscar na disputa por uma das duas cadeiras de senador da República por Mato Grosso do Sul, fazendo dobradinha com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL).

No entanto, com o anúncio do Capitão Contar como o segundo candidato do PL ao Senado, essa possibilidade está descartada e o titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) terá de lançar uma candidatura independente, ou pelo PSD mesmo, ou pelo PP, da senadora Tereza Cristina, batendo de frente com Gerson Claro e com o dr. Luiz Ovando.

Se ficar no PSD, Jaime ainda terá problemas internos para resolver, pois a sigla é presidida no Estado pelo senador Nelsinho Trad, que tentará a reeleição, e, portanto, pode inviabilizar que o secretário saia candidato pela legenda, o que pode obrigá-lo a trocar de partido.

O certo é que, mesmo com o balde de água fria na provável “dobradinha” com Azambuja, Verruck vai manter a pré-candidatura ao Senado, apesar de que, conforme ele teria confidenciado a pessoas próximas, a entrada do Capitão no PL deve afetar e muito os planos políticos do secretário de Estado.

SISTEMA S

Com apoio do Sistema S, em especial do Sistema Fiems, Jaime Verruck teria manifestado colocar o próprio nome para disputar uma das duas vagas ao Senado nas eleições gerais do próximo ano em março deste ano, durante a Expocanas, realizada em Nova Alvorada do Sul.

No evento, ele teria comentado a possibilidade com lideranças partidárias, lideranças religiosas, prefeitos e deputados estaduais e federais. Em Campo Grande, conforme o Correio do Estado levantou, Jaime Verruck procurou um político com mandato e ligado a uma igreja evangélica para costurar uma aliança de olho no pleito de 2026.

Ligado ao empresário Sérgio Longen, presidente do Sistema Fiems, bem como ao presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, e ao diretor-superintendente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça, ele é economista, mestre em Economia Rural, doutor em Desenvolvimento e Planejamento Territorial e formação executiva em Estratégias e Inovação.

Também comandou por anos o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Mato Grosso do Sul (Senai/MS) e foi diretor-corporativo da Federação das Indústrias do Estado (Fiems).

Ainda foi secretário estadual nos dois mandatos do ex-governador Reinaldo Azambuja e continuou no cargo no mandato de Riedel. O secretário foi procurado para comentar, mas, até o fechamento desta edição não retornou.

SAIBA

Os secretários de Estado que vão concorrer nas eleições gerais de 2026 têm até seis meses antes do pleito para se desincompatibilizar, que consiste no ato pelo qual o candidato é obrigado a se afastar de certas funções, cargos ou empregos, na administração pública, direta ou indireta, para poder estar apto a disputar cargo eletivo.

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