Um dos líderes do grupo, Reinaldo Azambuja (PL), declarava que os escolhidos seriam anunciados apenas no próximo ano, após pesquisas, e o anúncio de Valdemar irritou pré-candidatos do grupo que aguardavam as prometidas pesquisas, que seriam realizadas apenas no próximo ano.
A declaração de Valdemar levantou dúvidas sobre o plano traçado pelo grupo, porque Reinaldo e Eduardo Riedel (PP) se reuniram com o presidente nacional do PL na semana passada, para falar justamente sobre o cenário político no Estado.
O anúncio levantou diversas teorias. Uma delas seria de que o grupo pretende dar um recado para Nelsinho Trad (PSD), que disputa essa condição de candidato da chapa governista. O lançamento seria um aviso que, caso Fábio Trad (PT) não desista de concorrer ao governo, ele ficará fora do grupo.
Neste bolo de teorias, há quem diga que Contar foi lançado apenas para ser queimado até o próximo ano, quando o grupo finalmente anunciará quem serão os dois escolhidos. Neste mesmo bloco, há quem julgue como pouco inteligente o lançamento de Contar, que não faz questão nenhuma de aparecer ao lado de Reinaldo e Riedel.
Aliados de Reinaldo Azambuja já lhe avisaram do risco que está correndo ao bancar a candidatura de Contar, mesmo sabendo da falta de compromisso dele com o grupo. Uma boa parte deste grupo político entende que a estratégia de dobradinha da dupla não será bem aceita pelos eleitores deles e pode favorecer um dos outros candidatos, na divisão de votos.
Com a chegada de Contar, o grupo tem Reinaldo Azambuja, Gerson Claro (PP), Gianni Nogueira (PL) e Nelsinho Trad (PSD) na disputa, o que deve dividir muito voto de centro e direita. Nenhum dos pré-candidatos recuaram após o anúncio de Valdemar.
Reinaldo Azambuja disse à reportagem que não foi avisado do comunicado de Valdemar sobre a candidatura ao Senado. Depois, informou que recebeu um telefonema e entendeu a filiação como parte de uma estratégia para enfrentar Lula e reeleger Eduardo Riedel. Entretanto, ponderou que muita água vai rolar até a convenção.