O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, adotou uma postura reservada após ser escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. Conhecido por seu perfil discreto e por sua forte ligação religiosa, Messias preferiu evitar grandes comemorações e afirmou que celebraria apenas com a família, em um momento de oração.
A indicação foi confirmada na última quinta-feira, durante encontro no Palácio da Alvorada. Após a reunião, Lula e Messias participaram de uma oração conjunta em clima de agradecimento. Integrante da Igreja Batista, o ministro é visto dentro do governo como uma ponte importante com o segmento evangélico, grupo que o Planalto tenta manter em diálogo constante.
Segundo apuração do UOL, Messias reiterou que não faria festa pela indicação, reforçando seu estilo pessoal reservado. Para aliados próximos, esse vínculo religioso pode ser um trunfo no Senado, especialmente entre parlamentares conservadores e integrantes da bancada evangélica, que tendem a olhar com bons olhos o perfil do indicado.
Com a sabatina prevista para as próximas semanas, a postura serena e a relação com lideranças religiosas surgem como fatores que podem facilitar o caminho de Messias até a mais alta corte do país.