
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22), em Brasília, e levado para a Superintendência da PF (Polícia Federal) após mandado de prisão preventiva autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A detenção ocorreu na residência de Bolsonaro, localizada em um condomínio no Jardim Botânico. O ex-mandatário já passou por exame de corpo de delito no INC (Instituto Nacional de Criminalística) da PF.
Com a prisão, a Polícia Federal deve usar uma cela especial temporária preparada para a custódia de autoridades no Distrito Federal.
O espaço fica no andar térreo da Superintendência da PF, no Setor Policial de Brasília, e foi montado após consultas internas na cúpula do órgão e da Vara de Execuções Penais do DF.
O ambiente é uma sala adaptada, semelhante ao espaço que abrigou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre 2018 e 2019, em Curitiba (PR).
O ambiente conta com:
A custódia é individual, sem contato com outros detentos, e segue padrões usados para autoridades com prerrogativa especial de recolhimento, prática adotada no caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que ficou em uma sala especial em Maceió após sua prisão.
A PF afirma que a preparação do espaço não foi feita especificamente para Bolsonaro, mas que a sala pode ser usada para qualquer autoridade detida.
O ambiente foi reformado e reservado para atender eventuais ordens judiciais de prisão preventiva.
A PF informou que a prisão de Bolsonaro é preventiva, não relacionada ainda ao cumprimento da pena de 27 anos e três meses aplicada pelo STF por tentativa de golpe de Estado.
Internamente, agentes afirmam que uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio do ex-presidente pesou para o pedido de prisão, por risco de tumulto e obstrução.
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