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Marquinhos terá que repetir campanhas do passado ou trocar de partido para voltar ao cargo de deputado
O ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PDT), terá uma difícil missão na tentativa de voltar a assumir mandato na Assembleia Legislativa
25/11/2025 08h42
Por: Tribuna Popular Fonte: Investiga MS
Foto: Divulgação

Após deixar a prefeitura e perder a disputa pelo governo, o ex-prefeito foi o mais votado e voltou a ocupar o posto de vereador na Capital. Agora, terá a missão de repetir o feito para retornar ao posto de deputado.

O PDT não tem candidatos com grande potencial de votos, o que exigirá de Marquinhos uma votação expressiva para garantir pelo menos a vaga dele. Foi o que aconteceu na Capital, onde ele foi o único vereador eleito, mesmo sendo o mais votado.

Os vereadores não têm janela para trocarem de partido nesta eleição. Para mudar de sigla, Marquinhos teria que arriscar a troca de partido, correndo o risco de ficar sem mandato em caso de derrota. Se trocar de partido fora da janela, Marquinhos enfrentará um pedido judicial do PDT para ficar com o mandato, já que a vaga na proporcional é considerada da sigla e não do candidato.

Marquinhos tem declarado que não sairá do PDT, partido que lhe abriu as portas após uma briga que travou na disputa contra o grupo liderado por Reinaldo Azambuja. Após essa disputa , ele teve portas fechadas em vários partidos e encontrou legenda apenas no PDT.

Recentemente, surgiu um boato de que ele deixaria o PDT para se filiar ao PV, hoje federado com o PT, o que lhe garantiria mais facilidade na eleição. O partido tem o irmão dele, Fábio Trad, como possível pré-candidato ao Governo do Estado. Entretanto, ele nega.

“A vaga conquistada pertence ao PDT. Meu mandato segue o seu conteúdo programático, qual seja: democracia e justiça social. Não há ‘janela’ no meu caso, portanto, não há o que se falar nesse momento em mudança de partido”, declarou.

Da última vez que concorreu a deputado estadual, em 2014, Marquinhos foi o mais votado, com 47.015 votos. Com esse resultado, ele ficaria perto de ser eleito sozinho, sem necessidade de votos de outros 24 integrantes da legenda. A expectativa é de que o partido eleja um deputado a cada 55 mil votos em Mato Grosso do Sul.

Em 2010, penúltima eleição para deputado que concorreu, Marquinhos também foi o mais votado, com 56.287. Essa votação lhe garantiria a vaga na Assembleia.

Na última eleição, o PDT elegeu apenas um deputado, Lucas de Lima. Ele deixou o partido justamente no momento que Marquinhos entrou, alegando seu foi excluído pela direção, que não respeitou seu desejo de ser candidato a prefeito em Campo Grande. O partido recorreu da decisão que liberou Lucas de sair do partido e conseguiu vitória. Agora, a suplente, Glaucia Iunes, pede o mandato dele na justiça.