A modalidade de embedded payments, ou pagamentos embutidos, vem se consolidando como uma das principais tendências globais em tecnologia financeira. O conceito, que integra o ato de pagar diretamente dentro da jornada natural do usuário, sem redirecionamentos ou etapas adicionais, está mudando a forma como empresas se relacionam com clientes e como estruturam suas operações.
Na prática, essa integração invisível elimina fricções e abre espaço para que empresas deixem de ser apenas usuárias de sistemas de pagamento e passem a controlar o próprio meio, capturando receitas que antes eram exclusivas de bancos e adquirentes tradicionais.
Projeções da Future Market Insights indicam que o mercado global de embedded finance pode atingir cerca de US$ 370,9 bilhões até 2035, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 15,8% durante o período.
De acordo com Thyago Guimarães, CEO da DinPayz, a digitalização acelerada dos negócios, a popularização do PIX como meio de pagamento instantâneo e a busca por experiências sem atrito criaram terreno fértil para a expansão. Para ele, o amadurecimento das infraestruturas de Banking as a Service (BaaS) e a explosão de setores como e-commerce, marketplaces e softwares de gestão ampliaram a demanda.
"Na América Latina, o alto custo financeiro tradicional e a necessidade de eficiência operacional também impulsionaram o crescimento dessa modalidade. E o empresário latino-americano aprende rápido: se algo reduz custo e aumenta margem, vira tendência rapidamente", observa.
Evolução do BaaS e o avanço das fintechs
Guimarães ressalta que, embora o modelo de Banking as a Service tenha permitido que empresas não financeiras oferecessem serviços bancários, os pagamentos embutidos criaram uma experiência integrada e orientada a dados.
"É como se o BaaS tivesse dado o motor e os embedded payments colocassem esse motor para gerar receita real", explica.
Essa dinâmica, segundo o CEO, impulsionou o surgimento das chamadas fintechs embutidas, que nascem dentro de ERPs, marketplaces, indústrias e plataformas digitais, redefinindo o papel das empresas na cadeia financeira.
Na prática, o modelo em white-label amplia o impacto sobre a gestão empresarial. Nesse formato, as empresas podem utilizar uma infraestrutura tecnológica pronta, mas personalizada com sua própria marca e identidade visual. Dessa forma, o cliente final não percebe que há um fornecedor externo por trás da solução, já que toda a experiência acontece dentro do ambiente da empresa.
"Isso pode reduzir custos, gerar receitas adicionais por transação, dar controle total da jornada financeira e fortalecer a identidade da marca. Empresas que antes dependiam de vários parceiros passam a concentrar tudo em uma infraestrutura própria, que pode ser mais eficiente e rentável", explica o executivo.
Integração e suas funcionalidades
De acordo com Guimarães, os setores que mais rapidamente podem se beneficiar dessa integração são aqueles com recorrência e alto volume de transações, como softwares de gestão, marketplaces, SaaS, plataformas de e-commerce, educação online, franquias e clubes de assinatura. "Mas a tendência é clara: qualquer empresa que emite cobrança ou recebe pagamento pode se beneficiar."
Do ponto de vista da experiência do usuário, o executivo destaca que os ganhos são evidentes. "O processo pode ficar mais rápido, gerando menos abandono no checkout e mais vendas. Além disso, a empresa acessa dados de comportamento e consumo, o que permite decisões mais assertivas e ofertas personalizadas. Mais fluidez pode significar mais conversão e mais satisfação", afirma.
A própria DinPayz atua com soluções white-label nesse segmento, oferecendo infraestrutura que permite a qualquer empresa operar como uma fintech. Entre as funcionalidades estão a personalização total da plataforma, escalabilidade para diferentes modelos de negócio, arquitetura modular baseada em APIs, segurança bancária com compliance e criptografia. "O objetivo é transformar empresas em protagonistas do próprio sistema financeiro", ressalta Thyago Guimarãs.
Para o CEO, o movimento de embedded payments já molda o presente. "Nos próximos anos, veremos a maioria das empresas relevantes com algum componente financeiro embutido na operação. Quem adotar cedo ganha participação e fideliza clientes. Quem esperar entrará atrasado em um mercado mais competitivo", alerta.
Para saber mais, basta acessar: http://www.dinpayz.com.br e https://www.youtube.com/@dinpayz