
A senadora Tereza Cristina (PP) deve voltar ao centro das decisões políticas no Estado e no País nos próximos meses, quando começa a vencer o prazo para decisões sobre candidatos nas eleições.
Em Mato Grosso do Sul, Tereza acompanha de longe os passos dados por Capitão Contar para filiação ao Partido Liberal (PL). Ele chegou a sentar com ela em Brasília para falar sobre ida ao PP, mas recuou depois que não teve garantia de que seria o candidato do grupo ao Senado.
Após o PP, Contar conversou com o Republicanos e acabou se filiando ao PL, com a promessa de que será o candidato do grupo ao Senado. Porém, não combinou com Tereza, que deve ser decisiva nesta escolha, embora tenha sido excluída por Valdemar, ao anunciar Contar como candidato sem consultar lideranças do Estado.
Havia um acordo entre lideranças locais de que os candidatos do grupo passarão por aval de Reinaldo Azambuja (PL), Tereza Cristina, Riedel e Jair Bolsonaro, preso no momento. Porém, os últimos passos dados por Valdemar da Costa Neto, com a filiação de Contar, incomodaram o grupo, que acompanha de longe, mas atento.
Embora Contar já dê como certa a candidatura, ainda terá que passar por esse aval do grupo, onde Tereza terá peso na escolha. Ela declarou, desde o ano passado, em entrevista exclusiva para a reportagem, que o PP teria um candidato ao Senado. Com o passar do tempo, Riedel acabou se filiando ao PP, mas Tereza não declarou que abrirá mão da vaga do Senado ao partido. O PP tem como pré-candidato o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro, que aguarda definição do grupo.
Tereza foi fundamental na vitória de Riedel e pode ser, novamente, peça-chave na briga pela reeleição. Com candidaturas mais ligadas a Bolsonaro de olho no governo, ela precisará ir a campo novamente para convencer a “autodenominada” direita de que Riedel é a melhor opção.
Tereza não terá só questões locais para cuidar. Vice-presidente nacional do PP, ela também é cotada para concorrer como vice-presidente, tanto de Tarcísio de Freitas (Republicanos), quanto de Flávio Bolsonaro (PL), lançado recentemente.
A senadora nunca escondeu de pessoas mais próximas a simpatia pelo nome de Tarcisio, mas ainda não se pronunciou se aceitaria um posto de vice do filho de Bolsonaro. O certo é que ela estará na roda de decisões sobre o concorrente de Luiz Inácio Lula da Silva e, mais que isso, nos primeiros nomes citados quando o assunto é vice-presidência.
Recentemente, Tereza foi criticada por outro filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, por não coloca-lo como candidato viável para a eleição presidencial. Na ocasião, a senadora citou Tarcísio, Ratinho Junior e Michele Bolsonaro como alternativas.
“Assim, fica parecendo que seu conceito de viabilidade é aquele que se enquadra no seu interesse pessoal. Longe de mim acusar você de agir apenas visando seus interesses pessoais, afinal, sabemos bem que você é bem capaz de representar interesses pessoais alheios, desde que sejam os interesses dos grandes capitais do país, mas é o que fica parecendo”, declarou.
Na sequência, criticou quem deu grandes saltos na política por conta do pai dele. “Não deixa de ser inusitado que todo tipo de sujeito que deu grandes saltos na política, graças a minha família, agora se ache no direito de escolher o próximo candidato a presidente da direita”. Tereza não se pronunciou sobre o caso.
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