Cidades Cotidiano
Será? Suposta onça-pintada intriga moradores em Nova Andradina
Publicação em rede social afirma que moradores teriam visto o felino apenas por imagens de câmera de segurança
12/12/2025 10h50
Por: Tribuna Popular Fonte: Midiamax
Onça-pintada no CRAS, em Campo Grande, e suposta onça em Nova Andradina. (Foto: Divulgação, Governo de MS/Reprodução, Rede Social)

Imagens de uma onça-pintada, supostamente flagrada por câmera de segurança em Mato Grosso do Sul, circulam por grupos de WhatsApp e nas redes sociais. O animal estaria andando pelo bairro Jardim Alvorada, na cidade de Nova Andradina, que fica distante 297 quilômetros de Campo Grande.

Publicação em rede social diz que moradores teriam visto a suposta onça apenas por imagens de câmera de segurança. O felino estaria passeando em área urbana de Nova Andradina na madrugada de quinta-feira (11).

O Jornal Midiamax contactou o Corpo de Bombeiros da cidade, que informou não ter sido acionada por moradores sobre o assunto. No entanto, a corporação obteve acesso à imagem da suposta onça por meio de grupos de mensagem. “Apenas uma foto com qualidade muito baixa, nem dá para ver se é no município mesmo”, diz bombeiro de Nova Andradina.

Além disso, chama a atenção que — apesar de, supostamente, existir um vídeo que flagra o animal andando pela cidade — circula apenas uma captura de tela da filmagem, sem registros do vídeo em si.

A Polícia Militar Ambiental de Batayporã, que atende a região de Nova Andradina, não respondeu ao contato da reportagem. O espaço segue aberto.

Onça fake

Em outubro deste ano, moradores da Vila Nasser, em Campo Grande, ficaram apavorados com imagens de uma onça-pintada que estaria circulando na região. No entanto, o Jornal Midiamax encontrou o endereço onde a foto teria sido registrada e os moradores do local disseram que a imagem foi criada por meio de IA (inteligência artificial).

Supostas onças na Vila Nasser

Especialistas apontam que a propagação de notícias falsas, inclusive imagens manipuladas por IA, pode ter implicações jurídicas, dependendo do dano causado e da intenção do autor.

“O Brasil ainda não tem uma lei específica que trate das fake news ou dos deepfakes, mas isso não significa que quem compartilha conteúdo falso está impune. A conduta pode ser enquadrada em crimes já previstos no Código Penal e em leis complementares, especialmente quando há prejuízo a pessoas, instituições ou à ordem pública”, afirma o advogado especialista em Direito Digital e Cybersegurança, Everton Matias.