Política 'Barraco'
Partido Novo entrará com representação contra Camila Jara após confusão na Câmara
O partido acusa a deputada de agressão a um servidor da Câmara, em vídeo que viralizou na rede social após a retirada de Glauber Braga da mesa diretora
16/12/2025 11h17
Por: Tribuna Popular Fonte: Investiga MS
Foto: Reprodução

O deputado federal Marcel van Hattem (Partido Novo-RS) anunciou nesta terça-feira, durante mais uma sessão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal, que o Partido Novo entrará com representação hoje contra a deputada de Mato Grosso do Sul, Camila Jara.

“Um deputada que agride nas partes íntimas um deputado federal, até agora não tem o seu processo instaurado no conselho de ética porque o corregedor não enviou”, reclamou o deputado.

Camila Jara (PT) viralizou nas redes sociais ao aparecer discutindo com um servidor da Câmara no momento em que o deputado Glauber Braga (PSOL) era retirado a força da mesa diretora, após sentar na cadeira da presidência.

No vídeo, colegas de parlamento ironizam a deputada, pedindo para que proteja as partes íntimas. O comentário relaciona o caso a outra confusão envolvendo Camila, quando ela foi acusada de dar um soco nas partes íntimas de Nikolas Ferreira (PL).

Outro lado

A deputada federal Camila Jara (PT) divulgou uma nota para explicar os motivos que lhe revoltaram na Câmara, a ponto de um vídeo dela viralizar na rede social.

“Ontem foi um dia ruim na Câmara. É sempre chato ver o Legislativo suavizar penas pra criminosos e ainda acenar para a impunidade dos poderosos. Fomos voto vencido. É o resultado de um Plenário que está distante das pautas da população”, iniciou, sem citar a votação do projeto que garantiu redução das penas para responsáveis pela invasão do prédio dos Poderes. 

Segundo a deputada, a Câmara ainda foi palco de cenas de pugilismo no plenário, com deputadas e deputados sendo agredidos pela própria polícia legislativa. 

“Vi também uma deputada sendo pisoteada. E outra empurrada com toda brutalidade. Enquanto isso, jornalistas foram impedidos de trabalhar. E a TV Câmara, num ato de censura, deixou de transmitir a sessão. Um horror. Me indignei. Minha família me ensinou a me posicionar contra injustiças”, justificou.

A deputada encerrou a nota dizendo que as cenas de ontem são inaceitáveis numa democracia. “São violentas. E não adianta vir pra cima de mim com este velho machismo que tacha todas as mulheres de desequilibradas. Não esperem de mim passividade diante da violência. A população espera dos deputados decoro e foco nas soluções para o país”, concluiu.