Simone terá problemas com relações mal assumidas se concorrer ao Senado em MS

Simone cogita apoiar a reeleição de Eduardo Riedel (PP), mas o grupo político que o acompanha tem restrição à uma aliança com ela por conta da proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A ministra não terá, pelo menos oficialmente, o apoio do grupo de Eduardo Riedel. Deputados do MDB, por exemplo, cogitam até deixar o partido se ela for candidata ao Senado em Mato Grosso do Sul.

PT vai cobrar

Simone foi procurada pelo PT para uma aliança em Mato Grosso do Sul e chegou a convidar o deputado federal Vander Loubet (PT) para ser o suplente dela, mas não prometeu apoio ao candidato do partido ao Governo.

O PT não pressionou porque não tinha definido quem seria o candidato. Agora, a chave começa a gritar e lideranças pressionam para que Simone desça do muro.

Lideranças do partido já avisaram que ela será “duramente criticada” se apoiar Riedel, hoje visto por petistas como aliado da “extrema direita” em Mato Grosso do Sul.

A ministra já pontua bem em pesquisas no Estado e pode crescer por conta da divisão de votos com várias candidaturas da direita, bem como pelo apoio de Lula. Entretanto, pode não ter apoio e , mais que isso, receber oposição de militantes petistas.

Pesquisa

Nova pesquisa divulgada nesta semana, pelo Instituto Novo Ibrape, mostra um empate entre quatro pré-candidatos.No primeiro cenário, Reinaldo Azambuja (PL) lidera com 32,9%. Considerando a margem de erro, de 2,2%, está tecnicamente empatado com o segundo colocado, Capitão Contar (PL), com 30,4%.

Em terceiro lugar aparece Simone Tebet (MDB), com 27,8%, empatada na margem de erro com Contar. Em quarto, Nelsinho Trad (PSD), empatado com Simone.

Soraya Thronicke (Podemos) tem 12,5%; Vander Loubet (PT), 9,1%; Gianni Nogueira (PL), 5,6%; Gerson Claro (PP), 5,3%; Jaime Verruck (PSD), 3,8%.

No segundo cenário, Reinaldo tem 36,1%; Contar, 33%; e Nelsinho Trad, 30,3%. Soraya aparece com 15,5%; Vander; 12,2%; Gianni, 6,3%; Gerson Claro, 5,7%, Verruck, 3,9%.

O Novo Ibrape ouviu 2.000 eleitores entre os dias 6 e 11 de dezembro. A margem de erro é de 2.2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.