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Tentativa de feminicídio é descoberta durante investigação por posse ilegal de armas em Anaurilândia

Um homem encontra-se recolhido em unidade prisional, à disposição da Justiça, após a Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Anaurilândia, de...

22/12/2025 às 14h36
Por: Tribuna Popular Fonte: Polícia Civil - MS
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Foto: Reprodução/Polícia Civil - MS
Foto: Reprodução/Polícia Civil - MS

Um homem encontra-se recolhido em unidade prisional, à disposição da Justiça, após a Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Anaurilândia, descobrir, no curso de investigações por posse irregular de arma de fogo, a prática de tentativa de feminicídio no contexto de violência doméstica. O caso evidencia a atuação célere e integrada da Polícia Civil, do Poder Judiciário e do Ministério Público no enfrentamento aos crimes contra a mulher.

As investigações tiveram início a partir de denúncias anônimas, que apontavam a existência de armas de fogo em situação irregular, além de possíveis episódios de violência doméstica. Durante as diligências, na última quarta-feira (17), o homem foi preso em flagrante pelos crimes de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e crime ambiental, após a apreensão de armamentos, munições e a constatação de animais silvestres mantidos ilegalmente em cativeiro.

No dia seguinte o investigado foi submetido à audiência de custódia, ocasião em que teve liberdade provisória decretada em relação a esses crimes. No entanto, antes mesmo de deixar a Delegacia, foi novamente preso, desta vez por força de mandado de prisão preventiva expedido pelo Poder Judiciário da Comarca de Anaurilândia, após representação da autoridade policial. A medida foi fundamentada em investigação qualificada, técnica e célere, que reuniu provas contundentes acerca da prática de tentativa de feminicídio, levando os fatos ao conhecimento do Judiciário e do Ministério Público.

No aprofundamento das investigações, surgiram novas e relevantes provas indicando que, no dia 23 de novembro de 2025, durante a madrugada, o homem tentou ceifar a vida de sua esposa, não se consumando o resultado morte por circunstâncias alheias à sua vontade. Um registro audiovisual juntado aos autos demonstra que, por volta das 00h35, é possível ouvir nitidamente um disparo de arma de fogo. Logo após, a vítima aparece chorando e afirmando, de forma clara e audível: “me deu um tiro” e, em seguida, “ele atirou em mim”.

Na sequência das imagens, o investigado surge demonstrando frieza e ausência de arrependimento, afirmando a uma testemunha que teria errado o disparo, declaração que, conforme apurado, reforça a intenção homicida. Testemunhas confirmaram que a vítima conseguiu escapar ao se abaixar e correr no momento do tiro.

Proteção e acolhimento em Anaurilândia

Além da repressão penal, a atuação das instituições também se deu no campo da proteção e acolhimento da vítima. A Polícia Civil, em conjunto com a assistência social do município de Anaurilândia, tem atuado de forma integrada por meio das ações implementadas na Sala Lilás, oferecendo atendimento humanizado e especializado às mulheres em situação de violência doméstica. O serviço garante acolhimento, orientação, encaminhamento à rede de proteção e apoio imediato, inclusive com transporte para local seguro, acompanhamento psicossocial e suporte para o acesso às medidas legais de proteção, fortalecendo a segurança, a dignidade e a autonomia das vítimas.

A Polícia Civil reforça que mulheres vítimas de violência doméstica podem e devem procurar a delegacia, onde encontrarão apoio institucional e atendimento especializado. A denúncia é fundamental para romper o ciclo da violência, permitir a atuação do Estado e preservar vidas.

Dependência emocional e o ciclo da violência

“Casos de violência doméstica como este revelam a complexidade de relações marcadas pela dependência emocional e pelo chamado ciclo da violência, caracterizado por fases de tensão, agressão e falsas reconciliações. Esse ciclo pode levar a vítima a permanecer em situações de risco, acreditando em mudanças que não se concretizam. Especialistas destacam que romper esse padrão exige resposta rápida do Estado, apoio psicossocial contínuo, políticas públicas eficazes e redes de proteção fortalecidas, capazes de oferecer segurança, autonomia e novas perspectivas às vítimas”, esclarece o Delegado Anderson Guedes de Farias, responsável pela investigação.

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