
O senador Nelsinho Trad (PSD) vive momentos de incertezas para a eleição do próximo ano.
Desta vez, Nelsinho pode não contar com o apoio da máquina do Governo do Estado. Em 2018, ele teve o apoio de Reinaldo Azambuja, que comandava o Governo. Agora, pode ficar fora da coligação, por conta de compromissos firmados por Valdemar da Costa Neto com Capitão Contar.
Essa obrigação imposta ao grupo liderado por Eduardo Riedel (PP) e Reinaldo pode custar a parceria com Nelsinho Trad, que precisará correr sozinho na busca por uma das duas vagas ao Senado.
Nelsinho teria um caminho menos difícil se não tivesse proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele, inclusive, afirma que foi convidado para se filiar ao PL, há alguns anos, mas disse que não iria no momento. Depois, tentou uma aproximação, mas não foi acolhido como pré-candidato do ex-presidente.
Sem o grupo de Riedel e Reinaldo, Nelsinho teria como opção o irmão, Fábio Trad (PT), pré-candidato ao Governo do Estado. Entretanto, teria que fazer uma aproximação com a esquerda, que pode não ser aceita por uma parte do seu eleitorado e nem pela própria esquerda.
O senador, inclusive, criticou a filiação do irmão ao PT, afirmando que a família sempre disputou a eleição contra a esquerda.
“A gente tem que respeitar isso, mas ele está num campo totalmente oposto ao que foi forjado. Ele existe na política devido ao campo centro conservador que sempre elegeu ele. É a opção que ele tomou. O que eu posso fazer? Isso aí não tem como interferir. Ele é meu irmão, não vai deixar de ser… A gente sempre disputou eleição contra esse campo. Então ele está virando as costas a tudo isso”, declarou, sobre filiação do irmão.
Hoje, o PT tem apenas Vander Loubet (PT) como pré-candidato ao Senado e aguarda uma posição de Simone Tebet, que pode ser a segunda candidata da turma de centro-esquerda e esquerda. Como Simone pode concorrer em São Paulo, o grupo pode ficar sem uma segunda opção para o Senado.
Mín. 22° Máx. 33°