Cidades Política
Adversários de ontem viraram aliados em ano de reviravoltas
O ano foi de aproximação entre quem até há alguns dias estava em lados opostos
25/12/2025 09h45 Atualizada há 4 horas
Por: Tribuna Popular Fonte: Investiga MS
Foto: Divulgação

“O adversário de ontem pode ser o aliado de amanhã”. O conselho é clichê no mundo e fez sentido como nunca para lideranças de Mato Grosso do Sul.

Teve aliança prometida, por obrigação e até as feitas por necessidade.

O ex-governador Reinaldo Azambuja (PL) protelou, falou para aliados que faria um sacrifício, e finalmente se mudou para o Partido Liberal (PL), para cumprir uma promessa feita a Jair Bolsonaro (PL).

A chegada de Reinaldo deixou muita gente no PL de cara feia, mas teve quem estava fora e chegou, ainda que silenciosamente. Contar, que foi adversário durante o mandato de deputado estadual e depois na eleição de 2022, se aproximou, no sigilo, de Reinaldo.

Reinaldo convidou Contar para o PL, mas ele se reuniu com o presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, para anunciar a filiação e depois a pré-candidatura, na tentativa de esconder a proximidade com Reinaldo. Contar teme que seu eleitorado não entenda sua proximidade com os antigos rivais.

A ex-deputada Rose Modesto (União), adversária do PP e de Adriane Lopes (PP) no ano passado, virou aliada de Tereza Cristina (PP) por conta da federação nacional. Apesar da aproximação, ela continua como opositora de Adriane.

O PT também surpreendeu e conseguiu filiar o ex-deputado Fábio Trad, de família tradicional na política de Mato Grosso do Sul. O PT espera que Fábio atinja uma parte do eleitorado que a militância não alcança, como profissionais liberais e uma parte do centro-direita.

Quem não gostou nada da aliança foi o senador Nelsinho Trad, mais próximo do grupo bolsonarista. Esta tem sido, inclusive, a desculpa de Reinaldo e seu grupo para não apoiá-lo na reeleição. O grupo afirma que o eleitor mais bolsonarista não entenderia Nelsinho, irmão de um candidato do PT, no grupo.