
A cláusula de barreira e desinteresse pela candidatos ao Governo do Estado enfraqueceu partidos em Mato Grosso do Sul.
Alguns partidos encerram o ano de olho nas movimentações do governador Eduardo Riedel (PP). PSD, MDB, Republicanos e PSDB aguardam o governador para saberem o tamanho que terão na eleição e futuramente. Esses quatro partidos devem receber candidatos indicados pelo grupo governista, o que contribuirá para o crescimento das legendas no Estado.
O MDB, por exemplo, tem hoje, no papel, uma das melhores coligações para deputado estadual, com André Puccinelli, Eduardo Rocha e o trio de deputados estaduais (Renato Câmara, Júnior Mochi e Márcio Fernandes). Porém, caso Simone Tebet (MDB) lance candidatura ao Senado em MS, o partido pode perder o trio de deputados. Se isso acontecer, cai da expectativa de quatro a cinco eleitos para dois.
O PSD também vive da expectativa de acomodações do grupo governista. Hoje, tem apenas o deputado Pedrossian Neto como pré-candidato a deputado estadual. O partido tem o vice, Barbosinha, e o senador Nelsinho Trad, que tenta ser adotado como candidato do grupo. Esses cargos estratégicos podem fazer o partido cobrar pouco do grupo governista e continuar pequeno no número de deputados.
O Republicanos é outro que depende do grupo governista para subir de patamar. O partido tem apenas um deputado estadual, Antônio Vaz, e aguarda a decisão de Riedel para saber se crescerá no Estado. A sigla é uma das forte candidatas a receber o trio de deputados que hoje estão no PSDB.
O PSDB, que era o maior do Estado no início do ano, conclui em crescente definhamento. Hoje, é sustentado por vereadores que são obrigados a continuarem na sigla por conta da janela que só abre em 2028. O partido depende do grupo governista, mais precisamente de Reinaldo Azambuja, para continuar existindo.
A tendência é que o partido perca todos os seis deputados estaduais. Os três federais já ameaçaram sair , mas terminam o ano com promessa de ficar e construir chapa de federal.
O PSB conclui o ano com dificuldade em Mato Grosso do Sul. O partido tem apenas Paulo Duarte como deputado estadual e deve perdê-lo na janela. Além disso, uma parte dos filiados defende a reeleição de Riedel, o que vai contra as diretrizes da sigla, que hoje tem Geraldo Alckmin (PSB) como vice-presidente. Se o partido obrigar uma filiação com o PT, a sigla pode não ter candidatos em MS.
O Podemos também corre risco no próximo ano. O partido tem a senadora Soraya Thronicke e o deputado estadual Rinaldo Modesto. Soraya quer tentar a reeleição, mas deve ficar fora do grupo governista, o que dificulta a formação de chapas. Rinaldo, por exemplo, deve deixar o partido e se filiar na Federação União Progressista.
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