
O ano de 2025 terminará da mesma forma que começou para as lideranças políticas mais ligadas ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Na eleição do ano passado, o grupo mais ligado a Jair Bolsonaro (PL) tentou emplacar uma candidatura para Prefeitura de Campo Grande, mas foi tratorado por um acordo feito entre Jair Bolsonaro e Reinaldo Azambuja.
Este acordo trouxe reflexo para este ano, com Reinaldo assumindo o partido. Ele não só pegou o comando, como amarrou um apoio à reeleição de Eduardo Riedel, fechando novamente a porta para as candidaturas próprias do grupo.
A chegada de Reinaldo balançou o grupo, mas foram poucos os que externaram a rejeição. Rafael Tavares (PL) e Coronel David (PL) tinham interesse em concorrer à Prefeitura de Campo Grande, mas foram preteridos pelo acordo de Bolsonaro. Todavia, aceitaram as tratativas e não fizeram oposição a Reinaldo no comando.
O deputado federal Marcos Pollon (PL) e o deputado estadual João Henrique Catan (PL) demonstraram insatisfação e, mais que isso, lançaram pré-candidatura ao Governo do Estado, mesmo sabendo que o partido pretende apoiar Riedel, algo já externado por Valdemar da Costa Neto.
O ano para as lideranças mais próximas a Bolsonaro termina como começou, com cada um para o seu lado e indefinições sobre o futuro. Hoje, o grupo tem dois pré-candidatos ao governo, Catan e Pollon, mas sem apoio dos demais companheiros.
Para lançarem candidaturas, Pollon e Catan terão que deixar o partido e, mais que isso, desobedecer o acordo feito entre Bolsonaro, Riedel, Reinaldo e Valdemar. Além disso, pesará o fato de o grupo estar dividido.
Quem também não teve um final de ano muito favorável foi a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL). Ela chegou a ser anunciada por Bolsonaro como pré-candidata do partido ao Senado, mas foi deixada de lado com a posse de Reinaldo. Hoje, está atrás de Renan Contar na briga para ser a segunda candidato do partido, já que a primeira vaga é de Reinaldo.
Quem aceitou a chegada de Reinaldo sem reclamar entende que não compensa criar uma briga ,que implicará em falta de recurso e apoio político, em troca de uma candidatura que não é referendada nem por Bolsonaro.
Essa divisão não é novidade no PL. O mesmo aconteceu no ano passado, quando demonstraram intenção de concorrer à Prefeitura de Campo Grande: Coronel David, Rafael Tavares, Marcos Pollon, João Henrique Catan e Tenente Portela.
Neste grupo, ninguém apoiou ninguém e todo mundo foi atropelado por Reinaldo, que conquistou o apoio para Beto. Agora, as lideranças seguem o mesmo roteiro, com cada um para o lado e sem força para enfrentar Bolsonaro ou se unir, o que gera resultados abaixo do esperado nas pesquisas, ainda que uma boa parte do eleitorado de MS seja identificado com Jair Bolsonaro.
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