O assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, planejado pela filha Suzane von Richthofen e executado pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos em 2002, não será encenado em apenas um filme, mas em dois, com versões diferentes para a história.
A Menina que Matou os Pais, terá a atriz Carla Diaz no papel de Suzane e vai narrar os acontecimentos desde o primeiro encontro entre o casal de assassinos, em 1999, até a condenação do trio em 2006, na versão da própria Suzane. O outro longa, previsto para estrear simultaneamente, se chamará O Menino que Matou Meus Pais e terá a perspectiva de Daniel Cravinhos, interpretado pelo ator Leonardo Bittencourt.
“Temos discutido o que é verdade. O que ela fala e o que ele fala. É verdade? Se eles estão falando coisas diferentes, qual é a verdade?”, Indaga o diretor Maurício Eça, que comanda os dois filmes. “São coisas que a gente descobriu na leitura do processo, versões, às vezes do mesmo fato, mas diferentes.”
O roteiro, escrito pela criminóloga Ilana Casoy, que esteve presente durante a simulação do crime e na condenação dos jovens, e pelo autor de livros policiais Raphael Montes, é baseado nos autos do processo que condenou Suzane, Daniel e Cristian Cravinhos a quase 40 anos de prisão.
O orçamento dos filmes ficou em R$ 8 milhões, valor considerado alto para produções nacionais. Autorizados a receber cerca de R$ 2 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual, os produtores resolveram abrir mão de verba pública e financiaram os longas com o próprio dinheiro.
“É um caso único no cinema mundial essa produção exatamente da mesma história porém com olhares diferentes. É uma oportunidade para o público analisar e chegar à sua própria conclusão sobre os fatos”, afirma o produtor Gabriel Gurman.
Os dois longas serão lançados simultaneamente nos cinemas em sessões alternadas e duplas. A previsão é para o primeiro semestre de 2020.
*Veja,com
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