De acordo com Rezende, apesar do contrato de concessão firmado entre a empresa e a prefeitura não obrigar o Consórcio a comprar carros com esse tipo de especificação, ele disse que também “precisa ouvir quem usa o serviço”.
O presidente do grupo afirmou que não possui hora marcado com o chefe do Executivo municipal, mas espera poder resolver essa questão ainda na manhã de quarta-feira. “Não temos nada definido ainda e quero voltar a falar com ele (prefeito) sobre isso”, salientou Rezende.
Neste ano o Consórcio Guaicurus adquiriu 55 novos ônibus, que começaram a chegar na semana passada em Campo Grande. Nenhum dos carros, porém, possui ar-condicionado. Os novos veículos foram comprados após a Agência Municipal de Regulação e Serviços Públicos (Agereg) multar a empresa em R$ 2,7 milhões por descumprir o contrato.
Isso porque este ano 47 carros tiveram o prazo de validade de uso vencido, isso fez com que a média de idade da frota chegasse a 6,7 anos, sendo que o estabelecido em contrato era de 5 anos.
Para o próximo ano, mais 81 ônibus chegarão ao limite de uso e elevarão a média da frota, por isso a concessionária deverá comprar mais veículos. Levantamento da Agereg mostra que está 2023 o grupo deverá renovar, pelo menos, 10% do total da frota de 555 carros por ano, o que representa 55 carros a cada ano.
ÔNIBUS NOVOS
Na semana passada 10 carros novos, dos 55 que foram comprados este ano chegaram a Capital e passam por vistorias da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) para que comecem a operar nas ruas da cidade. Nesta semana outra remessa de 10 ônibus devem chegar e até o fim deste mês outros 9 carros.
De acordo com o presidente do Consórcio, os outros 26 veículos novos deverão estar em Campo Grande até o final de novembro deste ano.
Mesmo oferecendo frota de veículos usados, o Consórcio Guaicurus, responsável por 20 anos pela administração do transporte coletivo da Capital, foi o vencedor da licitação realizada em 2012. As empresas foram escolhidas mesmo apresentando maior valor de outorga de concessão do que a concorrente. O valor oferecido foi de R$ 20 milhões, sendo R$ 8,75 milhões maior do que o disponibilizado pela paranaense Auto Viação Redentor.
JUSTIÇA
Ainda segundo o documento, caso a idade média da frota seja mantida em no máximo cinco anos, a empresa deveria aquirir de 70 ônibus em 2020. No pedido Consórcio quer que a idade média da frota seja alterada para sete anos, o que reduziria o investimento.
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