O Liverpool é um dos cinco clubes confirmados no Mundial de Clubes de 2019 até o momento. O técnico Jürgen Klopp sabe que há a possibilidade de enfrentar um mexicano, um catari ou até mesmo um time da Nova Caledônia quando estrear na semifinal, no dia 14 de dezembro, mas não muito mais do que isso.
Não é exagero dizer que os Reds ainda não estão preocupados com o torneio. Há jogos do Campeonato Inglês e a definição da fase de grupos da Liga dos Campeões pela frente, além das quartas de final da Copa da Liga Inglesa em que o clube terá de atuar com um time totalmente alternativo em função do conflito de datas com o Mundial.
Mas não significa, porém, que quando chegar o momento o Liverpool não saberá dos detalhes de cada potencial adversário fora da Europa na briga por mais um título – este inédito na história do clube. Palavras de Klopp, um homem que não se importa em ser o primeiro a ter esse carimbo:
- Não sou alguém que tenha que ser como o primeiro a pisar na lua ou o primeiro a vencer um Mundial de Clubes com o Liverpool, mas quando estivermos lá tentaremos com tudo o que temos. A parte muito interessante e difícil também é que jogaremos contra times de outros continentes, o que não acontece com muita frequência – talvez um time mexicano, talvez um brasileiro – e será difícil, com certeza. Vamos nos preparar normalmente e veremos se está certo ou errado contra um time de outro continente. Ainda não temos muitas informações, mas com certeza teremos quando for a hora, e será interessante e difícil também – disse o alemão ao site oficial da Fifa.
Na entrevista, Klopp também elegeu qual é o ponto mais forte do Liverpool. Veja outros trechos abaixo:
Veremos. Agora não sinto pressão. Eu vejo isso como uma oportunidade, já que você muitas vezes não tem a oportunidade de disputar. Você precisa vencer a Liga dos Campeões como o time europeu, o que já o torna especial. Sabíamos que seria ótimo quando vencemos a Champions, mas não tínhamos ideia de como seria Supercopa da Europa. Então nós jogamos e foi realmente ótimo e gigantesco. Quando formos para lá (Catar) estaremos preparados e ansiosos. Os garotos querem jogar, então será muito interessante e importante para nós, 100%.
Vou ter que ver os jogos primeiro. Não vejo muito futebol brasileiro, argentino, mexicano ou árabe, por exemplo. Não tenho oportunidades em casa, então não sei muito sobre eles. Conheço muitos jogadores vindos de lá, então fica claro que é da mais alta qualidade. Será muito intenso, isso eu sei. Temos que ter certeza de encontrar a mentalidade certa, e sei que meus jogadores vão encontrar, mas, até agora, não temos, pois precisamos nos concentrar em coisas diferentes. Mas não estamos aqui para perder tempo, portanto, tentaremos de tudo para ter o maior sucesso possível.
No futebol? Noites europeias em Anfield. Eles são provavelmente os melhores do futebol mundial. Quando o time está “on fire” (pegando fogo), temos uma atmosfera difícil para os adversários. Eu trabalhei em Dortmund e foi absolutamente excelente, mas uma ou duas atuações em Liverpool reuniram toda a comunidade e foram realmente especiais. Provavelmente lá somos melhores que o resto do mundo.
Festa do Liverpool após classificação sobre o Barcelona em Anfield — Foto: Reuters
Não precisamos do que aconteceu há 14 anos. É claro que para times europeus – o Real Madrid participou três ou quatro vezes nos últimos anos e, com o time que eles têm, venceram. Mas não somos o Real Madrid, viemos de uma situação diferente. Não assumimos isso como garantido, de maneira alguma, mas quando vamos é para vencer. O único motivo para irmos lá é a oportunidade de vencê-lo e é isso que vamos tentar.
Infelizmente, não concluiremos 2019 nesse momento, pois ainda haverá jogos por vir antes do fim do ano. Não tínhamos ideia de como seria vencer a Supercopa (em agosto) e ela foi excelente. Espero que consigamos fazer isso de novo e depois eu vou lhe contar como é.
*Globo Esporte
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