SOCHI – “Passei por momentos difíceis, mas tive paciência”, afirmou o goleiro Alisson Becker, que será o titular da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia. Convocado pela primeira vez com Dunga, o jogador revelado pelo Internacional passou por momentos de contestação, sobretudo quando foi reserva da Roma. Mas foi bancado por Tite, brilhou na última temporada europeia e hoje é titular absoluto do clube e da seleção e cobiçado por gigantes como o Real Madrid.
“No futebol, temos de provar partida após partida, não podemos nos acomodar. Conquistei meu lugar com muito trabalho, uma disputa sadia. Uns questionamentos tinham razão, outros não. Eu respeitei isso mostrando em campo que o Tite e o Taffarel fizeram a escolha correta, a minha temporada na Roma mostrou isso. Mas não quero parar por aqui e esse é o momento de demonstrar mais do que nunca”, afirmou o goleiro, em Sochi, pouco após o treino aberto da equipe na manhã desta terça-feira.
O goleiro negou que já esteja acertado com outro clube – Liverpool e Real Madrid demonstraram interesse no brasileiro – e se disse tranquilo. “Depende muito de como cada pessoa lida com as informações, com as pressões. Mas aqui estamos falando de jogadores de alto nível, todos rodados e já com uma certa bagagem e experiência nesses assuntos de transferências. Procuro estar focado, não ler notícias, e trabalhar com o que existe de real. Não chegou nada oficial, tenho contrato com a Roma, estou muito feliz na Itália e com meu momento. Estou na seleção vivendo um sonho de infância.”
Alisson sabe que está entre os melhores goleiro da atualidade, mas minimizou a importância da luva de ouro, prêmio oferecido pela Fifa ao melhor goleiro da Copa. “Claro que pensamos em objetivos pessoais, mas só se for para ajudar o Brasil a ser campeão. Se isso não fizer diferença no título, não é importante para mim. Meu objetivo como grupo e individual é ser campeão.”
O camisa 1 ainda aprovou a estreia do árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês) em Mundiais e disse que aprovou a experiência no futebol italiano. “Acredito que o VAR venha para somar, para ajudar na Copa do Mundo. Deu muito certo na Itália, com menos de 1% de erro. Claro que a parada para ver o vídeo incomoda um pouco, mas torna um jogo mais justo e sem erros.”
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