Egito e Uruguai estrearam na Copa do Mundo nesta sexta-feira, pelo Grupo A da competição, em Ecaterimburgo. Em um jogo bastante morno, que contou com um Luis Suárez nada inspirado e a ausência de Mohamed Salah, as equipes pouco conseguiram produzir, mas já aos 44 minutos do segundo tempo, graças a Gimenez, o time sul-americano acabou saindo de campo com a magra vitória por 1 a 0.
Ainda se recuperando de lesão no ombro, Mohamed Salah iniciou a partida no banco de reservas e, embora muitos tinham a esperança de vê-lo em campo ao menos no segundo tempo, acabou sendo poupado pelo treinador, ciente de que seu camisa 10 será importante no decorrer do torneio.
Já Luis Suárez começou como titular e foi a principal ameaça do Uruguai durante o confronto. O camisa 9, no entanto, não conseguiu corresponder às expectativas e sem inspiração desperdiçou as boas oportunidades que teve para estufar as redes e deixar para trás de uma vez por todas o polêmico episódio da mordida em Chiellini na última Copa do Mundo, no Brasil.
O Uruguai volta a campo na próxima quarta-feira, às 11h (de MS), quando encara a Arábia Saudita, em Rostov. Já o Egito encara a Rússia um dia antes, na terça-feira, às 14h, em São Petersburgo.
Primeiro tempo
O Uruguai até teve as melhores oportunidades nos 45 minutos iniciais, no entanto, não foi tão superior ao Egito como muitos imaginavam na estreia das duas seleções na Copa do Mundo. Ainda assim, o time sul-americano não demorou muito para dar seu cartão de visitar com Cavani, o que aconteceu logo aos sete minutos de partida, quando o atacante carregou a bola na entrada da área e bateu rasteiro, vendo o goleiro rival fazer defesa segura.
A seleção egípcia, por sua vez, tentava diminuir os espaços dos adversários e ser eficiente nas poucas vezes que ameaçava a defesa celeste. Aos dez minutos, Elneny, principal jogador do Egito na ausência de Salah, lançou na área para Mohsen, que desviou de cabeça. Treziguet ficou com a sobra e bateu girando o corpo, mas Muslera estava bem posicionado para fazer a defesa em arremate mascado.
Daí em diante o jogo ficou mais truncado, e ambas as equipes ofereceram menos brechas para que o rival chegasse ao gol. A situação só mudou de figura aos 23 minutos, quando Luis Suárez teve a principal oportunidade do primeiro tempo para marcar. O atacante do Barcelona, dentro da pequena área, aproveitou a cobrança de escanteio para completar para o gol, mas, de forma surpreendente, mandou para as redes do lado de fora, frustrando a torcida platina.
Na reta final do primeiro tempo a seleção uruguaia tentou acelerar mais o jogo para buscar espaços que eram difíceis de ser encontrados com o Egito organizado. Aos 37 minutos, Godín arrancou da defesa e acionou o cruzeirense De Arrascaeta, que, por sua vez, não conseguiu dominar a bola e teve de ouvir muitas queixar de Suárez, que queria o passe dentro da área.
Segundo tempo
Já nos primeiros segundos da etapa complementar Luis Suárez teve a grande oportunidade de se redimir. O camisa 9 recebeu um ótimo passe de Cavani e saiu na cara do gol, porém, o dia não era mesmo do atacante, que bateu cruzado, mas viu a bola desviar caprichosamente no joelho do goleiro egípcio, indo à loucura na linha de fundo por conta da sua inefetividade.
O Egito, por sua vez, buscou se manter firme na defesa, seguindo sem oferecer espaços ao ataque rival, e sair no contra-ataque pela esquerda, apostando na velocidade de Treziguet. O jogador egípcio, no entanto, não conseguia vencer o enfrentamento com a zaga uruguaia. A ausência de Salah era nitidamente sentida e a cada substituição que o técnico Hector Cuper fazia, a expectativa pela entrada do craque do Liverpool aumentava.
Os egípcios só ameaçaram a meta defendida por Muslera através de chutes de longa distância. Aos 26 minutos, Fathi aproveitou a sequência da jogada, após o árbitro não marcar falta de Cáceres, e experimentou de fora da área, obrigando o goleiro uruguaio a fazer boa defesa. No minuto seguinte foi a vez de o time sul-americano responder novamente com Suárez, que recebeu passe açucarado de Cavani, saiu mais uma vez na cara do gol, porém, na tentativa de driblar o goleiro acabou desarmado.
Aos 36 minutos, veio a confirmação. Com a terceira substituição do técnico Hector Cuper feita, Mohamed Salah foi descartado da partida, e o episódio parece ter encorajado o Uruguai. Logo após Sobhy entrar no lugar de Warda, foi a vez de Suárez servir Cavani e o jogador do Paris Saint-Germain pegar na veia da bola, de primeira, obrigando Elshenawy a fazer excelente defesa.
Cavani ainda teve uma outra ótima chance em cobrança de falta, aos 42 minutos. Contudo, o Uruguai parecia realmente destinado a sair de campo com o empate. O atacante do Paris Saint-Germain bateu colocado, e a bola beijou caprichosamente a trave. A sorte só foi para o lado do time celeste aos 44, quando Carlos Sanchez cobrou outra falta, desta vez pela direita, mandando na cabeça de Gimenez, que subiu mais alto que todo mundo para mandar para o gol e garantir no apagar das luzes o triunfo do Uruguai na estreia.
FICHA TÉCNICA
EGITO 0 X 1 URUGUAI
Local: Arena Ecaterimburgo, em Ecaterimburgo (RUS)
Data: 15 de junho de 2018, sexta-feira
Horário: 8h (de MS)
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Assistentes: Sander Van Roekel (HOL) e Erwin Zeinstra (HOL)
Gols: Gimenez, aos 44 minutos do 2ºT (Uruguai)
EGITO: Elshenawy; Fathi, Ali Gabr, Hegazy e Abdelshafy; Tarek Hamed (Morsy), Elneny; Warda (Sobhy), Abdalla e Treziguet; Marwan (Kahraba)
Técnico: Hector Cuper
URUGUAI: Muslera; Varela, Gimenez, Godin e Caceres; Vecino (Torreira), Bentancur, Nandez (Sanchez) e Arrascaeta (Cristian Rodríguez); Suárez e Cavani
Técnico: Oscar Tabarez
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