Segundo informações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), o ex-governador André Puccinelli e o filho André Puccinelli Júnior chegaram ao Centro de Triagem Anízio Lima, no Complexo Penal de Campo Grande, por volta das 13h30 da tarde. Eles foram presos preventivamente na manhã desta sexta-feira (20).
O advogado João Paulo Calves, que também foi alvo da Polícia Federal, aguarda abertura de vaga em algum presídio.
De acordo com o advogado de André, Renê Siufi, a prisão havia sido decretada na quarta-feira (18), pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara da Justiça Federal na Capital. Eram dez alvos, mas apenas os três foram presos. Eles foram levados pela manhã ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), para exame de corpo de delito, e em seguida serão encaminhados à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
PRISÃO POLÍTICA
Siufi acredita que a prisão tenha caráter político, uma vez que André é pré-candidato ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul pelo MDB e nesta sexta-feira, dia da prisão, teve início o período para as convenções municipais, eventos em que os partidos oficializam quais serão seus candidatos e aliados no pleito. O MDB agendou sua convenção para o dia 4 de agosto, para que todos da coligação participem.
"É uma prisão muito estranha", disse o advogado. Por sua vez, Ulisses rocha, presidente municipal do MDB e também advogado de André, reiterou a suspeita nesta manhã, na sede da Superintendência Regional da PF. "Não tenho dúvidas disso", respondeu ele quando questionado sobre os interesses políticos da prisão. No entanto, a PF afirma que os mandados são resultado de novas descobertas da quinta fase da Operação Lama Asfáltica, que apura organização criminosa envolvida com fraudes em licitações e desvio de recursos públicos.
*Correio do Estado
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