Casey Affleck falou, pela primeira vez, sobre as acusações de assédio sexual feitas contra ele. O ator pediu desculpas pelo seu comportamento no set de gravações do filme Eu Ainda Estou Aqui — dirigido por ele —, quando foi alvo de dois processos por assédio sexual. Apesar de o americano ter chegado a um acordo com as mulheres que o acusavam, em 2010, o caso voltou à tona no ano passado, quando Affleck ganhou o Oscar de melhor ator por Manchester à Beira Mar.
“O fato de eu ter me envolvido em um conflito que resultou em um processo é algo do qual eu realmente me arrependo”, disse o ator em entrevista à Associated Press. “Eu me comportei de uma forma não profissional e permiti que outros se comportassem também dessa forma.” Além de diretor, Affleck era produtor e ator no longa.
O ator não admitiu os assédios, mas afirmou que gostaria de ter lidado com as acusações de uma forma diferente. “Nunca tinha recebido reclamações do gênero antes, foi muito constrangedor. Eu não soube como lidar e não concordava com certas partes, como a maneira que eu estava sendo descrito e outras coisas ditas sobre mim, mas eu queria tentar fazer o certo e consegui, acredito, para o que estava sendo exigido na época”, explicou. Affleck e as duas mulheres envolvidas no processo estão proibidas de dar detalhes sobre o caso.
O ator também foi questionado a respeito dos movimentos #MeToo e Time’s Up, que lutam contra o assédio e o abuso sexual. “Eu tenho prestado atenção nesse diálogo e aprendido muito”, afirmou.
As acusações custaram a Affleck sua participação no último Oscar. Caso seguisse a tradição, o ator, premiado como o melhor no ano passado, deveria entregar a estatueta à melhor atriz de 2018. No entanto, ele desistiu de ir à festa e foi substituído por Jodie Foster e Jennifer Lawrence. “Foi a coisa certa a se fazer, levando em conta tudo o que estava acontecendo na nossa cultura naquele momento. E pareceu certo ter duas incríveis mulheres entregarem o prêmio de melhor atriz”, disse.
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