O governo dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira 21 a deportação à Alemanha de Jakiv Palij, acusado por Washington de ser cúmplice no assassinato de 7.000 judeus quando era guarda no campo de concentração nazista de Trawniki, então em território da Polônia ocupada.
“Palij mentiu sobre ter sido um nazista e permaneceu nos Estados Unidos durante décadas. A deportação de Palik envia uma forte mensagem: os EUA não tolerarão os que ajudaram nos crimes nazistas e outras violações de direitos humanos, não encontrarão refúgio seguro em território americano”, indicou a Casa Branca em comunicado.
Palij, de 95 anos de idade, serviu voluntariamente como guarda no Campo de Trabalho de Trawniki, onde 6.000 homens, mulheres e crianças judeus foram mortos a tiros em um único dia em 1943, num dos maiores massacres do Holocausto, disse a Casa Branca.
O ex-membro das SS aterrissou nesta manhã no aeroporto alemão de Düsseldorf. A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, expressou “seu profundo agradecimento à República Federal da Alemanha por readmitir” Palij.
Depois da II Guerra Mundial, Palij, nascido na Polônia, emigrou para os Estados Unidos. Ao chegar ao país, em 1949, ocultou seu recente passado e indicou que sua única atividade era de camponês.
Em 1957, recebeu a cidadania americana, mas, quando décadas mais tarde foi revelada sua filiação às SS nazistas, esta foi retirada.
Palij viveu tranquilamente nos Estados Unidos como desenhista e depois como aposentado até quase trinta anos atrás, quando os investigadores encontraram o nome dele em uma antiga lista nazista.
Depois da guerra, Palij manteve amizade com outros guardas nazistas que chegaram ao país, segundo o governo, com falsos pretextos similares ao dele.
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