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Maxi López, ‘Palmeiras B’ e Gabigol salvam o pobre do futebol brasileiro

16/10/2018 às 08h36
Por: Tribuna Popular
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Na última sexta-feira 12, a seleção brasileira venceu a inexpressiva Arábia Saudita em mais um amistoso organizado pela CBF. No sábado 13, Gabriel Barbosa, o Gabigol, que decepcionou na Europa, ampliou sua vantagem na artilharia do Brasileirão em um clássico em que o adversário usou um time inteiramente reserva. No domingo 14, os veteraníssimos argentinos Andrés D’Alessandro e Maxi López brilharam por Inter e Vasco, e o Palmeiras, mais uma vez com um time misto, manteve a ponta da Série A contra um Grêmio pouco interessado. Na próxima quarta-feira, Corinthians e Cruzeiro tentarão, enfim, ser mais que equipes pragmáticas na decisão da Copa do Brasil mais insossa dos últimos tempos. Os exemplos citados, dentre tantos outros, são um retrato fiel do mau momento do futebol do Brasil.

O caso de Maxi López chama atenção: aos 34 anos, ele chegou ao Vasco bastante acima do peso, mas entrou em forma e, demonstrando liderança e faro de gol, vem sendo o salvador da equipe carioca. Ainda que poucos duvidassem de sua capacidade técnica, surpreende o fato de Maxi já ter marcado mais gols no Brasil (cinco em 12 jogos) do que em duas temporadas completas na decadente liga italiana (dois pela Udinese e dois pelo Torino). Passa a impressão de que, para um jogador experiente e de boa técnica, basta comprometimento e condição física para se destacar por aqui. O mesmo vale para Nenê, Thiago Neves, Diego Ribas e outros atletas “experientes”. E também para atletas mais jovens e “rejeitados” no futebol europeu, como Gabigol e Deyverson.

O Palmeiras de Felipão, aliás, também faz um trabalho elogiável. Num Brasileirão escanteado – a lucrativa Copa do Brasil e a sonhada Libertadores roubam todas as atenções em meio a um calendário indecente –, o clube alviverde se aproveita de saúde financeira e planejamento bem feito e roda seu ótimo elenco sem perder desempenho. O estilo pode não ser o mais vistoso, mas há uma ideia clara e eficiente por trás dos resultados (14 jogos de invencibilidade). Mas as outras 19 equipes jogam tudo que podem? Corinthians e Cruzeiro certamente não, mas ainda assim podem faturar os 50 milhões de reais de premiação da Copa do Brasil.

Mais do que nunca, a frenética busca pelo resultado justifica o baixo nível técnico – o Corinthians, por exemplo, não deu sequer um chute a gol nas partidas como visitante contra Flamengo e Cruzeiro pela Copa do Brasil. “Mas o time foi desmontado e é limitado”, justificam os mais benevolentes, como se estes fatos também não retratassem problemas do futebol nacional. Ora, como é possível que um dos clubes mais populares do mundo, atual campeão estadual e brasileiro e dono da maior cota de TV do país esteja endividado e sem patrocínio master há dois anos? Se está difícil para o Corinthians – e Fluminense, Santos, Atlético Mineiro, etc – imagine como é dura a vida de Chapecoense, América-MG, Paraná…







*Veja

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