A aquisição de radares fixos para instalação nas regiões de Corumbá, Ponta Porã e Porto Murtinho, visando o combate ao tráfico aéreo da cocaína vinda da Bolívia, permitirá à Força Aérea Brasileira (FAB) a economia de, no mínimo, R$ 50 milhões anuais com os voos da aeronave-radar E-99. Atualmente, grande parte do monitoramento do espaço aéreo brasileiro contra a presença de aviões em deslocamentos clandestinos é feita por esse tipo de aparelho.
Mato Grosso do Sul terá três radares aéreos de baixa altitude. Há anos, o governo do Estado manifesta a preocupação com as fronteiras com o Paraguai e a Bolívia, que só agora terão o espaço aéreo completamente monitorado. Comprados por meio de parceria entre o Ministério da Segurança Pública e a FAB, que prevê investimento de R$ 140 milhões, os aparelhos devem começar a funcionar até o fim do ano que vem, conforme anúncio feito em reunião realizada nesta sexta-feira, na Ala 5 (antiga Base Aérea de Campo Grande).
De acordo com o chefe da divisão de operações do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), coronel Luiz Claudio Macedo, os novos radares duram, em média, 25 anos. Numa relação custo-benefício, eles são mais eficientes que as aeronaves-radar que atualmente fazem o serviço de monitoramento em baixa altitude. “O custo médio de manutenção destas aeronaves é de até R$ 50 milhões por ano, um valor que poderemos economizar a partir da instalação destes radares”, explicou.
*Correio do Estado
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