Um ano após o desabamento da ponte de concreto sobre o Rio Santo Antônio, entre os municípios de Guia Lopes da Laguna e Antônio João, o Governo Estadual abriu edital de licitação para a construção de uma nova travessia. O documento foi publicado nesta terça-feira (10) no Diário Oficial.
A queda tornou-se emblemática e ganhou destaque nacional por ter sido filmada enquanto as colunas despencavam em efeito dominó.
Conforme a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul), a demora se deu porque o projeto teve que ser refeito. A estrutura antiga não pode ser mexida porque faz parte de uma ação judicial que apura as responsabilidades pelo dano. Assim, ao invés da reconstrução, foi necessário mudar o traçado e erguer uma ponte totalmente nova em um lugar diferente.
O projeto executivo foi elaborado dentro de um pacote no valor de R$ 251,865 homologado em fevereiro do ano passado. Já o preço da obra será de no mínimo R$ 4.730.398,53, de modo que vencerá empresa que apresentar o menor valor abaixo disso.
A queda afetou diretamente 166 famílias de dois assentamentos próximos ao Rio Santo Antônio, o Rio Feio e Retirada da Laguna. Como alternativa, a população passou a usar a ponte do Passo do Touro, de competência municipal. Porém, a estrutura também foi levada pela chuva e atualmente o acesso é feito pela Ponte do Gringo.
O prefeito de Guia Lopes, Jair Scapini (PSDB), acredita que o governo vá resolver logo o problema, mas ressalta que a falta da travessia de concreto tem prejudicado a população local. Preocupação maior será durante a colheita da soja.
“Caminhões estão passando pelas pontes atuais, mas há a questão do peso. Os caminhões de soja são todos grandes e as pontes são meio fracas”, pontua o gestor, que assumiu o município em janeiro.
Uma vez declarada vencedora, a empresa que executará o projeto terá 180 dias para concluí-lo.
Histórico - A ponte de concreto tinha 72 metros de comprimento e 5 metros de largura e foi inaugurada em abril de 2012. Foi construída com recursos federais, advindos do Ministério da Integração Nacional. No último dia 2, ela desabou após um deslizamento de terra, que fez a cabeceira da construção vir a abaixo, derrubando toda extensão em efeito dominó.
Conforme o extrato do contrato publicado no Diário Oficial do Estado no dia 11 de julho de 2011, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) contratou a Wala Engenharia Ltda para execução da obra ao custo de R$ 1.252.913,52. A empresa teve o prazo de seis meses para entrega da ponte.
Este recurso fazia parte de um programa para reconstrução de 37 pontes em Mato Grosso do Sul, que tinham sido danificadas em função das chuvas fortes em 2011. As obras foram realizadas na gestão, do então governo, de André Puccinelli (PMDB).
*Campograndenews
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