A cheia no Pantanal sul-mato-grossense este ano deve ficar abaixo da média histórica. De acordo com projeções da unidade pantaneira da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o volume inferior de chuvas na cabeceira dos rios que cortam a planície é um dos principais fatores que influenciam na previsão. A médio prazo, a perspectiva preocupa produtores da região.
Pesquisador da Embrapa Pantanal, Carlos Padovani explica que a projeção da cheia é feita com base no nível atual do Rio Paraguai – principal e para o qual os outros curso d’água da região convergem – observado em estações ao norte do Pantanal sul-mato-grossense. O volume de água no leito oscila de acordo com quantidade, distribuição e frequência da chuva na área, principalmente nas cabeceiras, no planalto mato-grossense, onde nascem os rios da Bacia do Alto Paraguai.
De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe), haverá precipitações dentro da média no Pantanal e na totalidade da Bacia do Alto Paraguai em abril, como ocorreu também em fevereiro e março. Mais ao norte, exatamente nas cabeceiras dos rios, em Mato Grosso, as chuvas foram e devem ser abaixo do habitual. Esta previsão é seguida pela Embrapa Pantanal para traçar seu planejamento para o período.
*Correio do Estado
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