Setembro já acumula mais queimadas do que o mesmo mês nos últimos dez anos em Mato Grosso do Sul. Conforme dados contabilizados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o estado teve 2.595 focos de incêndios florestais entre os dias 1º e 22.
O número só perde para 2007, quando foram registrados 4.445 casos no decorrer dos 30 dias.
No acumulado do ano, o estado já teve 6.138 queimadas, o que resulta em uma média de 23 casos diários de fogo em áreas de vegetação. O número é o maior dos últimos cinco anos levando em consideração o período entre 1º de janeiro e 22 de setembro.
Agosto e setembro são considerados meses críticos para a ocorrência de incêndios florestais devido ao tempo seco e baixa quantidade de chuvas. Contudo, nos meses passados a situação foi atípica em Mato Grosso do Sul quando julho, que não costuma ter muitos casos, teve o pior índice desde 1999 e agosto ficou abaixo da média com 1.448 casos.
O estado voltou a ocupar o oitavo lugar no ranking nacional de incêndios em vegetação, atrás do Pará (40.502), Mato Grosso (35.230), Maranhão (20.440), Tocantins (17.376), Amazonas (12.397), Rondônia (11.016) e Minas Gerais (7.721).
Corumbá, localizado a 419 quilômetros de Campo Grande em terras pantaneiras, concentra mais da metade dos incêndios em mata registrados em Mato Grosso do Sul. Segundo o Inpe, o município teve 3.380 ocorrências entre os dias 1° de janeiro e 22 de setembro.
A Cidade Branca é a quarta no Brasil com maior quantidade de queimadas, perdendo apenas para Porto Velho (3.699), Altamira (5.830) e São Félix do Xingu (9.444); estas duas últimas localizadas no estado do Pará.
*Campograndenews
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