Com o aumento diário do nível do Rio Miranda, no município de mesmo nome que fica a 206 km de Campo Grande, seis mil pessoas que vivem às margens ou próximas do curso de água, em quatro bairros e no Distrito de Salobra estão em risco iminente. Ao todo, 1,5 mil famílias podem ser prejudicadas.
São 13 famílias que tiveram toda a casa ou parte dela invadida pela água, mas somente três tiveram de sair das moradias. As outras dez estão sendo monitoradas pela Defesa Civil e podem ser removidas, caso as águas avancem.
Das três famílias em situação crítica, uma está desabrigada e foi levada para o vestiário do Estádio Municipal; as outras duas são consideradas desalojadas e estão na casa de familiares. Já as outras dez, segundo a Defesa Civil Municipal, estão sendo monitoradas nos bairros Beira Rio, Maria do Rosário, Morada do Pantanal e Nova Miranda, onde o volume do rio invadiu diversas ruas e avança pelos quintais.
Enquanto isso, em sete dias Campo Grande registrou 98,4 milímetros de chuva. O número equivale a 44% dos 220 milímetros previstos para dezembro. Conforme o meteorologista Natálio Abrahão, da Estação Meteorológica Uniderp, o mês já previa chuva acima da média histórica, que é de 212,6 milímetros.
Ontem, o volume de precipitações chegou a 4,2 milímetros na Capital. O dia mais intenso de chuva ocorreu na segunda-feira, dia 4, quando foram registrados 91,6 milímetros apenas na região da Avenida Gury Marques, saída para São Paulo, dos quais 50,6 milímetros em uma hora, causando enchentes no local.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), pancadas de chuva devem continuar no Estado e na Capital até segunda-feira, dia 11.
*Correio do Estado
Mín. 21° Máx. 25°