
Região sul de Mato Grosso do Sul deve sofrer maior impacto das chuvas.
“O sul do estado sofreu demais com as chuvas até o fim de dezembro, que foram bem pesadas, enquanto na região de Sidrolândia [Centro Norte de Mato Grosso do Sul] não choveu tanto assim”, explica o consultor de grãos da INTL FCStone, Guilherme Cioccari, após viajar pelas regiões produtoras para avaliar as condições da colheita da safra.
O excesso de precipitações sobre as lavouras de soja coloca dúvidas quanto ao potencial produtivo no Mato Grosso do Sul, especialmente na região sul, que representa 70% da produção estadual. O norte apresenta uma situação mais confortável, mas produtores relatam a má distribuição das chuvas, que vêm intercalada com temperaturas elevadas, e também prejudicam o andamento da safra e o início do ciclo de inverno do milho. Na região de Sidrolândia, o produtor Luis Osorio relata sol muito forte, com potencial para diminuir sua média de produção.
Da área total de 3300 hectares de Osorio, a expectativa é que sejam colhidos 50-53 sacos por hectare inicialmente. Em Sidrolândia, a Famasul estima ter sido colhido 45.000 hectares de soja. Ainda com relação ao clima, em Dourados, as preocupações vêm do excesso de chuvas que resultaram em raiz superficial e consequente perda do potencial produtivo. Caso as intempéries se confirmem, a Famasul projeta média de 48 sacas de soja para o estado (e total em torno de 7,3 milhões de toneladas).
Uma das práticas utilizadas para fugir da possibilidade de haver precipitações durante a colheita, o que interromperia os trabalhos no campo, é dessecar a soja para acelerar a retirada da oleaginosa das lavouras.
(Fonte: Diariodigital)
Mín. 19° Máx. 38°