
Crescimento superou 32% apesar do cenário de crise em 2015.
Em 2015 o volume das exportações do agronegócio sul-mato-grossenses cresceram em 32% totalizando 10,6 milhões de toneladas superando o resultado contabilizado no ano anterior, que foi de 8 milhões de toneladas o que representa um recorde histórico. As vendas internacionais do setor resultaram em uma receita de US$ 4,48 bilhões, valor que representa 94,7% das receitas totais do Estado com exportação.
As informações são do Departamento de Economia do Sistema Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS. Na avaliação da gestora do Departamento de Economia da instituição, Adriana Mascarenhas, alguns setores se destacaram, contribuindo efetivamente para o patamar positivo de 2015. "Dentre os produtos exportados, o complexo soja é o destaque, respondendo por 33,5% das negociações. Isso significa que para cada dólar obtido nas negociações com outros países, 33 centavos referem-se às vendas deste complexo".
O complexo soja é composto por soja em grão, óleo de soja e farelo de soja. De acordo com os dados apresentados no Informativo Casa Rural, as exportações acumularam aproximadamente 4 milhões de toneladas no ano passado, patamar recorde que resultou no faturamento de US$ 1,5 bilhão. "O complexo soja é a locomotiva do agronegócio sul-mato-grossense e em 2015, graças à alta do dólar, o segmento ganhou competitividade no mercado internacional", destaca o analista econômico do Sistema Famasul, Luiz Gama.
Em sentido contrário ao bom desempenho do segmento agrícola, as vendas externas do complexo carnes, formado pela carne bovina, suína e de frangos, fechou o ano com 315,2 mil toneladas, contabilizando uma queda de aproximadamente 13% em relação ao ano anterior, quando o Estado exportou 361,6 mil toneladas. Para a analista econômica da instituição, Eliamar de Oliveira, o resultado da comercialização deste complexo está relacionada ao cenário econômico dos principais compradores de carne bovina. "A Rússia, por exemplo, em 2014 era responsável por 43,2% das nossas vendas. Em 2015, esse percentual caiu para 18,5%", reforça a economista.
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