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Prefeitura vai ‘espalhar’ Cidade de Deus

03/03/2016 às 09h21
Por: Tribuna Popular
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A Prefeitura de Campo Grande vai espalhar as famílias da Cidade de Deus em lotes individuais de vários bairros da região sul da Capital. A Emha (Agência Municipal de Habitação) aguarda a autorização judicial para reintegração de posse da área da favela para finalizar o planejamento e efetuar a transferência de ao menos 300 famílias cadastradas.

De acordo com o diretor-presidente da Emha, Dirceu Peters, o pedido de desarquivamento do processo de retomada do terreno invadido, assim como a solicitação de reforço policial, ordem de arrombamento e de demolição dos barracos da comunidade, na verdade, será o pontapé para a desfavelização. “Esse foi o primeiro passo. Agora, temos que esperar o juiz decretar [a reintegração de posse] e vamos fazer um último levantamento do local para montarmos a estratégia de como vai ser a transferência”, disse Peters.

Ainda conforme o diretor, os lotes não são todos em um grande terreno, como era previsto quando as famílias seriam levadas para o bairro Noroeste – na região leste de Campo Grande. “São cerca de 300 lotes e em lugares diferentes. A maioria ali na região mesmo, sendo que as famílias que dependem do lixão ou da região terão preferência para as áreas mais próximas”, contou.

‘Venda’ dos terrenos será por meio de subsídios e parcelas baixas

A Emha planeja atuar de forma parecida com o sistema empregado pelo programa social “Minha Casa, Minha Vida”, do governo Federal. “Não será permitida a venda do terreno. Além disso, as 300 famílias foram selecionadas por nunca terem tido casas populares e nenhuma outra irregularidade. Todas estão cadastradas na Emha e quando forem contempladas com o terreno, sairão da fila”, explicou ressaltando como será a forma de “aquisição” dos lotes.

“Todos os terrenos são da prefeitura, não haverá desapropriação. Inicialmente, será dada uma permissão de uso da área até o mês de novembro, pois queremos resolver tudo ainda nessa gestão. Depois, as famílias assinam um contrato de compra definitiva do terreno. Será dado um subsídio e o restante será parcelado. Cada lote terá um valor, pois alguns são em regiões diferentes e o preço varia, mas o subsídio será fixo e igual para todos”, finalizou.

Moradores querem ficar na região

A comunidade Cidade de Deus, no bairro Dom Antônio Barbosa – sul de Campo Grande –, está diretamente ligada ao funcionamento do lixão. Por isso, todos querem ficar na região.

“A maioria dos moradores daqui querem se legalizar, mas precisa ser uma área aqui na região ou perto pelo menos. Cerca de 40% das pessoas vivem com a renda que tiram do lixão. Até o momento só escutamos promessas. A última foi que até o fim de fevereiro íamos mudar, mas não sabem até agora para onde vão nos mandar”, explicou o jardineiro Rogério Carvalho, 29, que diz ter cadastro na Emha desde os 18 anos.

 (Fonte: O Estado Online)

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