O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira que irá retirar o encarregado de negócios do país em Washington, Maximilien Sánchez Arveláiz, após a decisão dos Estados Unidos de estender o decreto que considera a Venezuela como uma "ameaça incomum e extraordinária" para a segurança nacional americana. O presidente afirmou, além disso, que deu à ministra das Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, "instruções precisas para, nas próximas semanas, dar passos para defender a pátria e tomar medidas que serão anunciadas em relação ao decreto dos EUA".
Sánchez Arveláiz esperava receber o status de embaixador da Venezuela desde maio de 2014, mas Maduro decidiu manter o baixo nível da relação bilateral, com apenas um encarregado de negócios na capital americana. O presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu prorrogar recentemente o decreto executivo emitido por ele em março do ano passado, que ampliava as sanções contra funcionários do governo da Venezuela. Para renovar a medida, Obama argumentou que a Venezuela segue convivendo com a "perseguição dos opositores políticos, com a restrição da liberdade de imprensa, com o uso da violência e com as violações aos direitos humanos".
Maduro informou que o "alto comando político" de seu governo apresentou um "plano especial de denúncia" - seja lá o que isso significa - contra o decreto americano. E lembrou que no próximo sábado uma grande manifestação será organizada para dizer "não" à ordem executiva de Obama.
As relações entre Venezuela e EUA passam por um de seus piores momentos na história. Ambos os países estão sem embaixadores desde 2010, quando o governo do então presidente Hugo Chávez rejeitou a designação de Larry Palmer como chefe da missão diplomática americana em Caracas devido a declarações feitas por ele no Senado sobre a Venezuela. Como resposta, os EUA decidiram revogar as credenciais de Bernardo Álvarez como embaixador venezuelano em Washington. Desde então, a relação entre os países esfriou muito, e os EUA compram cada vez menos petróleo da Venezuela.
(Fonte: Veja.com)
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