Comerciantes da 14 de julho, região central de Campo Grande, fecharam as portas às 12h em um ato simbólico contra os escândalos de corrupção descobertos na operação Lava Jato, da Polícia Federal, amplamente divulgados e repercutidos até na mídia internacional. “Pedimos para que os lojistas fechem as lojas como uma maneira de protestar, mostrar nossa indignação e conscientizar a população. Aos poucos eles vão somando com a gente”, explica um dos organizadores, Felipe Todesco. “A adesão ao movimento cresce com a proporção que evolui nossa indignação.
Vivemos numa crise financeira, preços absurdos, impostos, e o índice de confiança do consumidor vai lá em baixo”, fala o presidente da CDL/CG, Hermas Renan Rodrigues. “Na verdade, não queremos fechar portas e sim, que mais empresas abram portas, mas no momento em que vivemos isso se torna quase impossível”, termina. “Vivemos uma situação insustentável”, dessa forma se manifestou Fábio Delmondes, gerente de uma loja de roupas, que fechou as portas e aderiu ao movimento. “Estamos em queda crescente de vendas, impostos altos, desemprego, nós sofremos e o consumidor também, temos que mostrar nossa indignação”, comenta o gerente.
Por outro lado, uma loja de joias não fechou as portas. “A gente tem que trabalhar para pagar as contas, pagar os funcionários, tem cliente que tem que pegar encomenda no almoço. Ou muda de país, ou trabalha, então vamos trabalhar”, afirma o supervisor, André Macaron. A manifestação é uma iniciativa da CDL/CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), que está junto com entidades ligadas aos setores de comércio, serviço e indústria, além de movimentos da sociedade organizada como o Chega de Impostos, Nas Ruas e Vem Pra Rua, nesse momento político importante ao país.
(Fonte: Diariodigital)
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