No modelo de parceria público-privada, o projeto-piloto de habitação do centro de Campo Grande também faz parte do plano de revitalização da área central da Capital e deve contemplar entre 300 e 400 famílias. A ação prevê construir moradias nos vazios urbanos da região.
De acordo com a coordenadora da Central de Projetos de Campo Grande, Catiana Sabadin, já existem as áreas selecionadas e o próximo passo é lançar as propostas de manifestação de interesse para as empresas que quiserem construir e comercializar os imóveis por meio de programas de financiamento populares, semelhante ao “Minha Casa, Minha Vida”. “É para que o investidor privado manifeste o interesse dele em construir essas unidades habitacionais. A ideia é que sejam entre 300 e 400 moradias. Estamos pensando na possibilidade de apartamentos. Vamos oferecer as áreas e eles vão oferecer o melhor modelo de negócios para que eles também tenham interesse nisso. O privado também tem que ter interesse”, explicou.
Há também a possibilidade da prefeitura desapropriar prédios subutilizados no Centro, mas a opção seria mais onerosa aos cofres públicos. “A gente está pensando em obras mais simples, em áreas vazias, que não precise requalificar o prédio. A ideia é que viabilizemos as áreas e o parceiro privado faça as unidades”, disse.
Esplanada Ferroviária
Boa parte das áreas públicas escolhidas pela prefeitura está nas proximidades da Esplanada Ferroviária, que faz parte do patrimônio histórico da Capital. Para isso, a administração municipal já negocia com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) a liberação para construção das unidades de casas, condomínios. “O Iphan está dentro do processo, estamos conversando desde o início. A ideia é que o Parque da Esplanada, onde está a Rotunda e todo patrimônio tombado, também seja requalificado, porque é uma área que está se deteriorando. Tem até alguns indicativos e projetos de museu ali na região, além da própria Rotunda, que tem que ser restaurada, e pode ser um local de eventos”, detalhou Catiana.
Na edição de ontem existe outra nova vertente do projeto de revitalização do centro de Campo Grande. No caso, com a valorização do dólar em relação ao real, o recurso do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que financiará a obra toda, “rendeu” mais R$ 20 milhões. O Executivo municipal pretende investir esse dinheiro em um novo projeto, que irá revitalizar a área histórica, cultural e comercial do Centro, criando um circuito entre o Horto Florestal, Mercadão Municipal e Esplanada Ferroviária.
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